terça-feira, 30 de junho de 2015

Um Like para a Mãe!

Há uns anos...
- Vai já estudar antes que leves nas trombas!
(em casos mais difíceis, passava-se literalmente à parte de levar nas trombas)

Hoje...
- Vai já estudar!
- Espera aí que eu tenho aqui uma app... Grava comigo.
(e a discussão decorre em playback ao som de uma gravação sobre o problema)


Este post revela sérios indícios de que a insanidade pode ser genética.

sábado, 27 de junho de 2015

Está na Lista! #11

Dizem-se cristãos.
São modernos, estão nas redes sociais e apontam o dedo: a este e àquele, a todos os comportamentos desviantes da lista sagrada. São juízes de bancada e ditam todas as sentenças. Fotografam, publicam, comentam. E sorriem muito. A alegria, a felicidade, a fraternidade cristãs numa partilha com o mundo. Assume-se a identidade do reflexo.

E para além do reflexo?

Parecem pagãos.
Pararam num tempo em que os sacrifícios humano e animal são necessários para agradar os deuses e uma forma de entretenimento de um povo pobre de espírito, de dignidade e ignorante. Juntam-se para contemplar o espetáculo da carnificina, fotografam, filmam, riem, sorriem. Rejubilam com o sofrimento. No cimo, um gato a que chamam animal aguarda a seu iminente sofrimento até à morte; em baixo, os animais a que chamam humanos inundados de poder e divertimento.

Noutros tempos, importou exterminar a raça pagã. Em nome de um Deus e a qualquer custo, o objetivo foi cumprido. Ironicamente, herdaram-lhes os rituais a que hoje dão o nome de tradições. Uma nova máscara para a mesma essência: o selvagem que se diz humano.

Hoje a lista é curta, mas com um desejo quase utópico.
Há momentos em que é impossível desejar mais do que aquilo que já deveríamos ter alcançado: humanidade.

Photo: Pinterest

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Conto(-te) #2

O plano não correu como pretendia. Dias, meses, anos a prever, a arranjar estratégias, a contornar obstáculos, a ir além dos limites para alcançar o objetivo. E o destino, numa tática eficaz e simples de jogador experiente, finaliza o jogo e volta a baralhar as suas cartas. Lentamente, como quem pondera a próxima jogada.
Rafael dormia um sono tranquilo, recuperador de tantas noites em que o trabalho parecia não ter fim, em que a vontade de vencer, de ser melhor, de ser maior do que o seu corpo era a prioridade. Dormia num repouso há tanto necessário, mergulhado num outro mundo. Só o som das máquinas que o agarravam ainda à vida interrompia a paz que o rodeava. Junto à sua cabeceira apenas o guardião daquela noite. Observava-o com atenção e serenidade. Nas mãos escorregavam as cartas do baralho, num movimento contínuo e pensativo. Uma decisão aguardava.

Três meses antes, Rafael tinha sido convidado a integrar uma equipa que iria desenvolver um projeto ambicioso e revolucionário. Era a sua oportunidade para concretizar um sonho, mas acima de tudo para brilhar e ser reconhecido. Jogou as suas cartas e fez do projeto a sua vida. Era o primeiro e o último a sair do laboratório; em casa mergulhava em leituras, tentativas, erros e mais um passo no caminho que definira como certo.

O guardião daquela noite observava-o intrigado. Questionava-se acerca da inteligência humana. Não compreendia como era tão levianamente utilizada pelos homens. Não compreendia como a dádiva da vida era tantas vezes confundida com poder.

Dois meses antes, o corpo dera-lhe o primeiro sinal. Era uma reunião importante e os donos do mundo esperavam os resultados obtidos até ao momento. As novidades eram boas, mas Rafael não conseguira proferir uma palavra. O aperto no peito prendera-lhe a respiração e sufocara-lhe a alma. Nos dias que se seguiram pensou a vida: passado, presente. Futuro?

O guardião daquela noite fitou as cartas que continuavam a escorregar nas suas mãos mecanicamente. Era o momento de decidir. Levantou-se, os passos eram pausados e impercetíveis. Do outro lado do vidro, a mulher de Rafael já tinha adormecido sobre si mesma. A dor da espera levou-a à exaustão. No vidro, o reflexo das cartas que mergulhavam umas nas outras numa cadência cada vez mais acentuada.

Um mês antes, Rafael já tinha sido dominado novamente pelo ritmo frenético da vida que escolhera. O episódio anterior tinha sido ultrapassado e, por isso, esquecido. Agora, mais do que nunca, tinha de redobrar esforços pelo tempo perdido, como se a existência da humanidade dependesse disso.

No colo da mulher de Rafael, a cabeça de uma criança. Também dormia, numa paz que só as crianças sabem encontrar. Provavelmente, alheia àquele espaço de senhores de bata branca, de rodopio, de tristeza. Os seus sonhos teriam, sem dúvida, outra natureza. O guardião daquela noite contemplava-a, enquanto questionava o desenvolvimento humano. Como pode o homem desaperfeiçoar tanto o que lhe é oferecido à nascença? Fechou o baralho, retirou uma carta e saiu.

A agitação que se instalou no quarto despertou a mulher de Rafael que, numa ansiedade desmedida, procurava compreender o que se passava. A criança, confusa e assustada, tentava acompanhar o corropio à sua volta, as lágrimas incessantes da mãe. Foram horas transformadas em anos, num compasso de tempo que muitas vezes se julga controlado.
O tumulto finalmente deu lugar à tranquilidade. Rafael abriu os olhos. As lágrimas de alívio que agora inundavam o rosto da mulher espalharam-se pelo seu, num abraço à vida. A criança subiu a custo para cima da cama, sorriu e abraçou-o.

"Tenho uma prenda para ti!", segredou-lhe. E voltou a sorrir na sua timidez ansiosa. "Qual queres?", perguntou, fazendo sinal para os braços escondidos atrás das costas. "Aquele", respondeu Rafael, num suspiro ainda sem força, indicando o lado direito. Num gesto furtivo, a criança estendeu-lhe à frente dos olhos: um ás de copas. "Queres jogar com esta?" e voltou a sorrir.

Photo: Pinterest

Dose de Motivação #28

Porque o tempo não vai parar e esperar connosco.

Photo: Pinterest

sábado, 20 de junho de 2015

Está na Lista! #10

1. Coisas que deveriam ser de borla

Candy Bag. Só o nome diz tudo.
Uma colega minha (nada mais, nada menos do que a Primeira-Dama) lembrou-se de partilhar comigo este pequeno doce. E era um doce que ficava meeeeeesmo bem no meu bracito... Além disso, o batismo destes pequenos doces não me parece por acaso. Candy Bag?! Ora traduzam lá... de certeza que estavam a pensar em mim, certo?! EXATO! Ainda bem que chegámos todos à mesma conclusão...
Estes doces só têm dois problemas: escolher apenas um, pois as cores são todas super giras... e nenhum ainda estar aqui no meu bracito, pois ainda não são de borla. Snif, snif...
Photo: Candy Bag by Furla
2. Coisas que deveriam ser prioridade

Ter um hobbie. Fazer algo fora do normal.
Por muito pouco monótona que seja a nossa profissão (e existem profissões assim) não deixamos de estar ligados sempre às mesmas conversas, ao mesmo tipo de tarefas, aos mesmos procedimentos. Para desanuviar, vingamo-nos no fim de semana para fazer coisas diferentes e não pensar no quotidiano. Mas não precisamos esperar pelo fim de semana: por que não escolher um bocadinho da nossa semana para extravasar?! Ir ao ginásio é, sem dúvida, uma das escolhas mais populares... mas por que não alargar os horizontes e fazer algo meeeeesmo fora da nossa zona de conforto?! Não têm jeito para as artes? Comecem um curso de pintura ou costura. Nunca tiveram jeito para as línguas? Vão ter aulas de mandarim, russo ou italiano. Têm dois pés esquerdos? Aulas de dança... Ou cantar ou escrever ou desenhar ou construir puzzles ou pescar... Tudo o que vos fizer renovar as energias e passar um bom bocado!


Photo: Pinterest
3. Coisas que todos deveriam fazer

Mimar o nosso templo.
É verdade que nem sempre é o sítio onde passamos mais tempo, mas a nossa casa deve ser o nosso porto de abrigo, aquele lugar onde se dá o descanso do guerreiro. Por isso, gostamos que esteja decorada ao nosso gosto para nos sentirmos bem. O problema é que, algum tempo depois, tudo nos parece igual, sempre na mesma como a lesma. Por isso, há que mimar o nosso local sagrado! Não é preciso chamar os Queridos e deitar a casa abaixo... Basta, às vezes, alterar pequenos detalhes, reciclar o antigo ou acrescentar algo de novo.

Photo: Algumas das regras no meu templo...
Post sem contrapartida publicitária, suportado apenas pela minha real gana. Mas se a Furla se quiser chegar à frente, aceito qualquer cor.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Conto(-te) #1

Daniela desenhava o mundo sem o ver. Dentro da escuridão, pintava gente e paisagens de todas as cores, num traço próprio da imaginação. O percurso quotidiano estava calculado ao milímetro: entrar no autocarro, sentar-se no primeiro banco disponível e acompanhar toda a viagem respirando os sons, os movimentos, os cheiros.
Ele tornou-se uma parte daquela viagem rotineira. Entrava duas estações depois, sentava-se ao seu lado e contava-lhe uma história. Ou duas, se a azáfama citadina o permitisse. Histórias antigas de quem já respirou muita vida.
- És feliz? - perguntou-lhe naquele dia.
Uma pergunta que veio alterar aquela rotina tão memorizada e esperada todas as manhãs. Uma pergunta vaga e repleta de respostas. Daniela não proferiu nenhuma, guardou aquela pergunta suspensa no seu arco-íris.
O toque dele na sua mão fê-la estremecer. Mais um gesto que desviava por completo o que ela já sabia de cor. Colocou-lhe um objeto na palma da sua mão e fechou-a cuidadosamente.
- Sabes o que é?
Aquele sentir fê-la regressar anos atrás. A uma casa onde conhecia todos os cantos e sabia todas as cores. Cores que não precisava imaginar. Uma casa onde fora muito feliz, mas também onde chorara, onde sofrera e onde encontrara a escuridão que agora aprendia a pintar à sua maneira. Lembrou-se do palhaço que todos os sábados de manhã esperava por ela na televisão e a fazia rir. Um riso de criança sem aditivos. E entre estas memórias, continuava a analisar suavemente o brinquedo que agora repousava na sua mão. E parecia conhecê-lo de cor.
- Acha que é possível viver assim? - retorquiu, finalmente, quando as suas cores começaram a diluir-se na escuridão de todos os dias.
- Prefiro acreditar que sim. - e, sorrindo, ele não disse mais nada.
Quatro paragens. Mais uma vez, ela tinha-as contado. Era um exercício já mecânico como tantos outros. Duas paragens depois voltaria a ficar sozinha. Já sabia. Numa das suas histórias ele contara-lhe que seguia sempre dali para uma pequena aldeia, onde trabalhava. Nunca soubera ao certo o que fazia aquele homem. Sabia apenas que tinha uma voz de quem já tinha percorrido muito caminho, serena, de quem não tem pressa e certamente gostava do que fazia.
- Amanhã já não vou estar aqui. - afirmou o homem.
Não foi uma surpresa, algures no fundo do seu mundo ela já esperava por aquele momento. Embora pudesse sentir alguma tristeza, algo novo nascia no seu coração. Uma vontade de tornar a pintar tudo com novas cores, muitas cores.
- Confesso que vou ter saudades das suas histórias. - e sorriu, lembrando-as aos pedacinhos.
Última paragem. Ele pousou a mão sobre a dela, que ainda explorava o brinquedo num reviver de memórias. Um toque de despedida ao som dos sinos da catedral ali próxima.
O autocarro voltou a arrancar e sentia-se o vazio do banco ao lado. Daniela olhou pela janela e imaginou um enorme campo verde, cheio de árvores e flores, com pequenas casinhas ao longe pintadas de amarelo e azul. Nunca mais voltou a estar com aquele homem. Na pequena aldeia, nunca ninguém ouviu falar dele.

Photo: Pinterest

Abram a agenda!

E assinalem o dia 12 de janeiro de 2016. Ou os outros logo a seguir...
Depois juntem uns trocos e sigam para o Campo Pequeno!

O famoso musical Mamma Mia!, com letra e música assinadas pelos ex-ABBA, Benny Andersson e Bjorn Ulvaeus, e que tem feito furor no West End e na Broadway nos últimos quinze anos, chega finalmente a Portugal!

Se têm um fraquinho pelo teatro musical como eu e ainda não sabiam desta, já estão a dar pulinhos de alegria certamente... E os bilhetes não devem durar muito, por isso olho aberto, gente! Sem atropelos, mas olho aberto!

Photo: Pinterest

Post sem contrapartida publicitária, suportado apenas pela minha real gana.

terça-feira, 16 de junho de 2015

100% Tuga #2

Parabéns aos Tugas dos Jogos Europeus Baku 2015!

Ouro no ténis de mesa por Marcos Freitas, Tiago Apolónia e João Geraldo.

Photo: Google
Prata no triatlo por João Silva.

Photo: Google
Duas pratas na canoagem por Fernando Pimenta.

Photo: Google
Toma e embrulha!

Publicidade descaradona ao verde, vermelho e esfera armilar.

Dose de Motivação #25

Nem mais.

Pérolas do meu rosário #5

(depois de se abordarem os conceitos de trabalho, emprego e diferentes tipos de trabalhador, sendo o assalariado o mais comum, chega o dia do teste)

Questão: Qual o tipo de trabalhador mais comum atualmente?


Aluno 1 - Trabalhador desempregado.

Photo: Pinterest

sábado, 13 de junho de 2015

Está na Lista! #9

1. Coisas que deveriam ser de borla

O Ópio Negro.
Há uns dias, em plena sessão de terapia anti-stress (i.e. Compras), entrei numa daquelas lojas que as mulheres detestam, cheias de perfumes, cremes, maquilhagem, acessórios e tudo e tudo e tudo... Como habitual, uma das funcionárias promovia à entrada um novo perfume, oferecendo uma amostra a quem passava. Por norma, quando entro nestas lojas, evito experimentar diferentes odores, pois ao terceiro já estou com uma monumental dor de cabeça. Sou muitoooo esquisita com perfumes, o que sempre achei estranho, visto que o olfato não é de todo o meu forte (um dia irão compreender quando vos falar de cozinha...). Finalmente, descobri a razão: tenho um nariz gourmet! É isto: o meu nariz só suporta odores muito requintados tal como aqueles pequenos vestígios de comida nos pratos gourmet!
A rapariga ofereceu-me um daqueles papelinhos com o perfume, eu aceitei e experimentei cheirá-lo... é fan-tás-ti-co! Foi vício à primeira cheiradela! De tal forma, que em vez de ir para o lixo, foi para a minha mala, na esperança que esta fique com aquele cheiro eternamente. Pelo menos, enquanto não for de borla, porque o seu preço é criminoso...

Black Opium, Yves Saint Laurent

2. Coisas que deveriam ser prioridade

Dormir.
Não basta desejar dormir, há que dormir. É uma questão de saúde e nenhum de nós tem a verdadeira noção do quanto nos faz mal noites mal dormidas.
A National Sleep Foundation (constituída por especialistas de diversas áreas) fez uma atualização do número de horas que devemos dormir, em função da nossa idade e, segundo estes especialistas, um jovem adulto deve dormir 7 a 9 horas por diaOu seja, as noites em que obrigamos o nosso corpo a estar alerta, como se fôssemos um dos vampiros do Twilight, devem ser evitadas - o corpo e a mente precisam mesmo de uma pausa para limpeza!
Como é óbvio, todos passamos por momentos em que é impossível contrariar a imposição de não dormir (tenham um bebé e vão ver...), por isso é importante compensar essas horas com uma bela sesta (aprendam com nuestros hermanos).
Eu confesso que sou uma noctívaga. Já fiz muitos estragos durante anos e sei que vou pagá-los todos no futuro. Contudo, embora continue a preferir a noite para trabalhar, obrigo-me cada vez mais a deitar cedo e tento fazer uma gestão diferente das tarefas. A energia, a concentração e a pele têm agradecido...


Photo: Google
3. Coisas que todos deveriam fazer

Fazer a travessia para Troia de barco. Pelo menos uma vez na vida.
Hoje as coisas estão bem mais modernas, principalmente desde que Troia mudou o seu rosto (e tronco e pernas e tudo). Até já há Via Verde e Wi-Fi.
Lembro-me de ser pequena e adorar passar para o outro lado. A fila era interminável para entrar no ferry, o que dava tempo para ir comprar o jornal e as revistas que se levavam para a praia ou para se estudar o comércio cigano que ali era forte. O ferry partia e as pessoas saíam dos carros concentrando-se numa audiência para contemplar o rio Sado e os seus golfinhos. Eram tantos que, por todo o lado, faziam saltos artísticos para a fotografia ou simplesmente para a satisfação dos que observavam. Lembro-me de acompanhar cautelosamente as alforrecas encontradas no trajeto (aos montes!) e desejar verdadeiramente que se concentrassem todas ali e não houvesse nenhuma na praia. Urgh...
Hoje o trajeto é diferente, mas não deixa de ter o seu encanto. As pessoas continuam a concentrar-se para observar o rio azul e as alforrecas continuam a assombrar certamente as mentes dos mais pequenos. Só os golfinhos é que são agora um espetáculo cada vez mais raro de se ver... Mas fica o desafio: tentem captar uma imagem dos nossos roazes!

Photo: Google
Post sem contrapartida publicitária, suportado apenas pela minha real gana.

Dose de Motivação #24

Sábado: aquele dia de ir por aí sem planos.
Um excelente fim de semana a todos!

Photo: Pinterest

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Pérolas do meu rosário #4

Eu - Vamos começar a trabalhar literatura portuguesa do século XX.

Aluno 1 (aborrecido) - Xiii... Vamos ter de ler "Os Maias"?!


Aluno 2 (entusiasmado) - 'Stora, vamos dar o "Auto da Barca do Inferno"?

Photo: Pinterest

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Já foi no dia 1...

...mas só agora tive coragem de assumir a derrota.

Dia da Criança. Terminado o dia de trabalho, no regresso, enfiei-me no parque de estacionamento do Alegro. Àquela hora em que toda a gente sai do trabalho e forma uma espécie de peregrinação rumo aos centros comerciais. Depois de meia hora a tentar andar no subterrâneo, consegui estacionar e dirigi-me de imediato ao alvo: uma daquelas lojas de acessórios para telemóveis. Pensei em comprar uma capa para o telemóvel da pequena loira, que é viciada nestas (e noutras) coisas. Uma pequena lembrança que iria surpreender neste dia especial. Comprei uma daquelas capas pirosas com orelhas que ela tanto gosta.
Voltei para casa com aquela sensação de vitória, já a imaginar a surpresa e os saltos e os gritos histéricos próprios de quem não vive sem uma capa pirosa com orelhas. Entre as pequenas rotinas domésticas, aguardei ansiosa pela chegada da malta cá de casa para fazer o knock out.
Tocou a campainha. Era agora! Deixei a porta aberta e fui buscar o saco, com um sorriso pronto... quando... ela entrou, efusiva, a dar saltos e gritos histéricos: "Mãe, olha o que o pai me ofereceu!" Na sua mão, ostentava um saco com duas tartarugas a fazerem piscinas. Duas tartarugas!!!
Mãe 0, Pai 1.

Também gostou muito do outro presente...

Photo: Candyland @Instagram

terça-feira, 9 de junho de 2015

Pérolas do meu rosário #3

Aluno 1 - 'Stora, amanhã é feriado de Portugal?

Eu - Sim, amanhã é dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Aluno 2 (para Aluno 1) - És mesmo burro, pá! É o dia da independência de Portugal!

Photo: Pinterest

domingo, 7 de junho de 2015

Está na Lista! #8

1. Coisas que deveriam ser de borla

O Pó das Estrelas.
Quem me conhece, sabe que eu e a Swarovski temos um amor incondicional. Por enquanto ainda é uma relação unilateral, mas tenho a certeza que quando a marca de pedrinhas mágicas me encontrar não vai querer outra coisa. Seremos tema de um filme da Disney, quase de certeza...
Até lá, se quiser ir animando o pulso com as Stardust Bracelets, tenho de desembolsar (e não é pouco!). As cores para esta estação mais quente são tãoooooo giras... Se alguém me quiser oferecer, pode começar por esta, blue, blue, blue...

Photo: Stardust Blue Double Bracelet - Swarovski
2. Coisas que deveriam ser prioridade

Folhear revistas de gajas.
O stress semanal do trabalho já está a atingir aquele ponto do "preciso de férias já!" e o calor não vem ajudar nada. Para aliviar a coisa, nada como "ler" uma revista daquelas mais recreativas e imaginarmo-nos na praia. Sempre ajuda. O conteúdo permite ora descansar o cérebro que vai passeando de foto em foto, ora divagar em histórias que não requerem grande exercício intelectual...
Fica aqui um exemplo: a recente e famosíssima Cristina. Numa primeira análise, posso dizer que tem os ingredientes típicos de revista de gaja. Publicidade de cremes, produtos dietéticos, acessórios, sapatos e afins ao monte... sugestões do que vestir consoante as ocasiões, sem esquecer os acessórios, os sapatos e afins... sessões fotográficas com modelos skin para vender os produtos das marcas... as amostras para deliciar o mulherio... Nesta edição a amostra era do perfume MEU da Cristina Ferreira. Confesso que fiquei um pouco desiludida, pois a moçoila aparenta uma fragrância fresca e frutada e, afinal, aquilo é forte à brava e deu-me cá uma dor de cabeça que só eu sei (e apenas testei no pulso uma borrifadela!).
Quanto à revista, tirando o previsível, fica a qualidade fotográfica que se distingue do que já existe no mercado, assim como o interesse em partilhar histórias de pessoas "comuns" em vez de uma passadeira vermelha aos VIP's da nossa praça. Gostei, particularmente, da história da prostituta.
Não querendo ser spoiler, ficam já a saber que a única fotografia do Ricardo descascadão é mesmo a da capa... Contudo, excelente sessão fotográfica. Como eu disse, nota 20 na fotografia, Cristina!

Photo: Candyland @Instagram
3. Coisas que todos deveriam fazer

Sair de casa.
Ao fim de semana, e no seguimento do que disse antes, há que ir laurear a pevide para a rua...agora mais do que nunca! A malta está cansada, a suspirar em desespero por umas férias, a imaginar-se já tipo sardinha assada na grelha numa praia qualquer... Por isso, ficar em casa não é opção! Há que olhar para os fins de semana como pequenos aquecimentos para as férias que ainda não chegaram: passear em jardins, ir ao cinema ou ao teatro, ir a um concerto, ir até à praia, fazer um piquenique, whatever... seja o que for, desde que seja fora de casa (sem esquecer da proteção necessária nesta altura do ano, como já falei aqui).
Sugestão: programar o fim de semana como se de umas verdadeiras mini-férias se tratasse. Temos dois dias de férias...como aproveitá-los? E é fazer isto todas as semanas... Ideias e alternativas de certeza que não faltam!


Photo: Barragem da Vigia - Candyland @Instagram
Post sem contrapartida publicitária, suportado apenas pela minha real gana.

sábado, 6 de junho de 2015

Gordas das Redes Sociais | Jesus e a Crucificação!

Não, não vou falar dos acontecimentos ocorridos há cerca de 2000 anos atrás.
O Jesus de que todos falam é aquele que vestia vermelho, costumava usar fato [penso que nunca falhou aqui] e mascava pastilha de boca aberta [isto, sim, devia ser regulamentado], mas que agora vai vestir verde e espera-se que nunca falhe o uso de fato a bem da paz mundial. Penso que a parte de cuspir palavras como se fossem cascas de tremoços vai continuar igual.
Não sou de falar de futebol, nem pretendo. Mas este assunto que tem agitado (e promete continuar a agitar) as redes sociais faz-me questionar se, na verdade, não há mais nada a acontecer no país (já não digo no mundo...) ou continuamos a ter um problema de prioridades. Uma dúvida retórica, como é óbvio.

Sobre isto,

primeiro: o mundo do futebol é um mercado de negócio, não há cá amores à camisola. É como a paz no mundo, ok?! O homem aceitou uma proposta melhor e ponto final.

segundo: passar de bestial a besta é algo comum e que acontece num piscar de olhos. Hoje são os maiores, amanhã nunca prestaram para nada. O Jorge Jesus já foi banido das fotos que nem ex-namorado traidor e o Marco Silva só tinha era que usar o fatinho nem que viesse com os medalhões de gordura do ensopado que comeu na noite anterior. Meus caros, sois umas bestas!

terceiro: o episódio da "justa causa" é ridículo e lamentável, mas certamente é apenas mais um entre tantos que já aconteceram.

Já sabemos o que vem a seguir: um circo de processos e tribunais, o Sporting a ter que desembolsar o pilim (mas isto tudo daqui a muito tempo, claro), o Vieira a atenuar a dor da desilusão com a contratação de um treinador tchanã (talvez o Marquito para ser mesmo uma coisa hollywoodesca) e um campeonato que se adivinha mais empolgante, onde a pancadaria no final dos jogos será uma constante. Porque é disto que é feito o nosso futebol.

E assunto encerrado.



quarta-feira, 3 de junho de 2015

Fui...à Feira do Livro de Lisboa 2015!

Como vos disse aqui, estava como prioridade na lista, por isso não podia falhar. Além disso, é um dos meus eventos preferidos. Com os acessórios a condizer, lá rumei a Lisboa...

    

Como é normal ao fim de semana, o Parque Eduardo VII estava apinhado, mas era aquele caos agradável em que as estrelas são os livros. E os escritores, claro!

Depois de várias tentativas ao longo dos anos, consegui ver pela primeira vez um dos meus escritores preferidos, o José Luís Peixoto. Mas ainda não foi desta que trouxe o autógrafo, apesar de ter trazido o Galveias comigo. A fila era imensa e prometia durar... e a pequena loira fez-me um olhar ameaçador do género "atreve-te a ficar aqui e obrigo-te a estar 2 horas na Claire's"...
A propósito desta fila, assisti a um comentário curioso. Um senhor de livro em punho aproximou-se da fila, observou por segundos e comentou com a senhora que o acompanhava, num tom ao estilo de hora de ponta em Lisboa: "Pfff... Ele nunca mais despacha aquilo! Mete-se ali na conversa e o pessoal aqui todo à espera!". E foi embora. De facto, pelo que pude observar, o escritor recebia os leitores e dava-lhes tempo de antena, ouvindo-os e conversando com estes. Sem pressa. Pergunto: não é este o propósito destes encontros? Se eu quiser apenas um livro autografado, penso que basta pedir à editora... Hum?!
Eu não fiquei na fila por opção (o meu futuro em lojas de acessórios estava comprometido), mas espero sinceramente que o escritor mantenha esta recetividade e carinho para com os seus leitores. A fila não existia pela demora, mas sim porque era importante.

Mais uma paragem: a famosa Pipoca! Estilo, Disse Ela e a partir de agora a pequena loira vai sentir-se licenciada no assunto e começar a dar-me sermões dos pés à cabeça. Entretanto, ficou ao rubro com a dedicatória da Ana Garcia Martins, que foi uma simpatia.


Livros à parte, o que podemos encontrar também na Feira do Livro?! Comes e bebes para estragar a vida a uma pessoa... Para que conste, portei-me bem e só rapinei um pastel de nata. Não me atirei à ginginha, nem às farturas, nem aos churros, nem às merendas, nem aos doces conventuais...

Só por causa disto, já merecia um de cada.



Post sem contrapartida publicitária, suportado apenas pela minha real gana.

Dose de Motivação #23

Hoje os meus cadilhos sobem ao palco e fazem o sprint final desta longa maratona.
Que seja um final feliz.

Bom dia!
:)
Photo: Pinterest



terça-feira, 2 de junho de 2015

O pecado mora aqui #5

Mercado da Ribeira

Aliás, aqui é o antro dos pecados. Em cada esquina, é uma desgraça!
Para muitos não é novidade que o Mercado da Ribeira tem novo visual e imensos paladares. Mas só agora consegui descobrir do que tanto falam. E adivinho que voltarei a falar de outros pecados por aqui...

Depois de duas voltas sem saber o que escolher, tal como uma criança numa loja de doces, apostou-se na Cozinha da Felicidade para iniciar esta investigação exaustiva e muito séria do local. E que felicidade! Os petiscos à portuguesa são de chorar por mais! De eleição: a Salada de Queijo de Cabra, Gelado de Mel, Frutos Vermelhos e Amêndoas. Experimentem, lambuzem-se e vão ver... Muito bom!!!


Cozinha da Felicidade Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato

Tenho de confessar que, entretanto, já estava de olho no outro lado do Mercado, onde os gelados Santini não paravam de me piscar o olho. Tive de lá ir, como é óbvio...
Mas não podia deixar de referir o pulinho que dei aos Sabores Santa Clara e aos seus rebuçados de ovo. É este tipo de coisas que deveria ter propriedades de emagrecimento... A vida é tão injusta...


Post sem contrapartida publicitária, suportado apenas pela minha real gana (e o meu real paladar).

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Bem-Vindos ao Custom Café!

Quem já leu Com um Leve Tom de Negro Pálido, do livro Da Guerra com Amor, e acompanha o Manuel de Instruções já percebeu que o escritor não joga com o baralho todo. E, de facto, não joga mesmo... A família já procurou especialistas e tentou de tudo, mas ao que parece não há cura!

No início do mês de maio, o nosso escritor celebrou o seu aniversário (ainda não percebi se foram 4, 14 ou 42 primaveras)... e qual o local mais indicado para ele extravasar a sua loucura?! No Custom Café, pois claro!

Desconhecia por completo que algures num descampado na zona de Oeiras existisse tal coisa, mas fiquei fã! Uma mistura de teatro, música e artes circenses, num espaço bastante singular e onde só a loucura reina. É para repetir e muitas vezes!

Os espetáculos, alternativos e muito burlescos, são levados a cabo pela Companhia de Teatro Custom Circus, com jantar incluindo. Sobre o jantar, fica só o conselho: assim que abrirem o buffet, tratem logo de abastecer o corpinho, pois aquilo não é para ficarem na palheta tipo casório. Às 21h30 começa o espetáculo, quer tenham comido ou não! E quem não se orientou, azarilho...

O último espetáculo é já no próximo sábado dia 06 de junho! Liguem, reservem e tenham a (in)sanidade de lá ir... vale muito a pena!!!



Post sem contrapartida publicitária, suportado apenas pela minha real gana (e pelo meu real divertimento).

junho.

Aquele mês que dá o pontapé de saída para o verão. Mês da guerra constante entre o sol e as nuvens e o vento ainda frio. Em que cada manhã é um enigma.

É o mês das despedidas na escola. Dos amigos que vão de férias, dos professores que vão para sempre. Até para o ano, aquele setembro ali tão longe. É hora de viver as aventuras de verão.

Não morro de amores por junho. É um mês de muito trabalho, em que a praia e o bom tempo desencaminham os jovens e, por isso, temos de reforçar a nossa energia para não perder público. O que não é fácil quando enfrentamos um sol com cheiro a mar e olhamos os finais de tarde dourados pela janela.

Que seja tranquilo.
Photo: Pinterest

Dose de Motivação #22

Feliz Dia da Criança a todas as crianças de todas as idades!

Photo: Pinterest

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