Como é normal ao fim de semana, o Parque Eduardo VII estava apinhado, mas era aquele caos agradável em que as estrelas são os livros. E os escritores, claro!
Depois de várias tentativas ao longo dos anos, consegui ver pela primeira vez um dos meus escritores preferidos, o José Luís Peixoto. Mas ainda não foi desta que trouxe o autógrafo, apesar de ter trazido o Galveias comigo. A fila era imensa e prometia durar... e a pequena loira fez-me um olhar ameaçador do género "atreve-te a ficar aqui e obrigo-te a estar 2 horas na Claire's"...
A propósito desta fila, assisti a um comentário curioso. Um senhor de livro em punho aproximou-se da fila, observou por segundos e comentou com a senhora que o acompanhava, num tom ao estilo de hora de ponta em Lisboa: "Pfff... Ele nunca mais despacha aquilo! Mete-se ali na conversa e o pessoal aqui todo à espera!". E foi embora. De facto, pelo que pude observar, o escritor recebia os leitores e dava-lhes tempo de antena, ouvindo-os e conversando com estes. Sem pressa. Pergunto: não é este o propósito destes encontros? Se eu quiser apenas um livro autografado, penso que basta pedir à editora... Hum?!
Eu não fiquei na fila por opção (o meu futuro em lojas de acessórios estava comprometido), mas espero sinceramente que o escritor mantenha esta recetividade e carinho para com os seus leitores. A fila não existia pela demora, mas sim porque era importante.
Mais uma paragem: a famosa Pipoca! Estilo, Disse Ela e a partir de agora a pequena loira vai sentir-se licenciada no assunto e começar a dar-me sermões dos pés à cabeça. Entretanto, ficou ao rubro com a dedicatória da Ana Garcia Martins, que foi uma simpatia.
Livros à parte, o que podemos encontrar também na Feira do Livro?! Comes e bebes para estragar a vida a uma pessoa... Para que conste, portei-me bem e só rapinei um pastel de nata. Não me atirei à ginginha, nem às farturas, nem aos churros, nem às merendas, nem aos doces conventuais...
Só por causa disto, já merecia um de cada.
Photos: Candyland@Instagram
Post sem contrapartida publicitária, suportado apenas pela minha real gana.
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