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segunda-feira, 19 de junho de 2017

E tu, foste à Feira do Livro?!


Depois de uma pequena pausa para ganhar novo fôlego, decidi voltar a colaborar no projeto ACMA (ver aqui), que nos desafiou durante os meses de maio e junho a falar sobre FESTAS!

A época é propícia à temática, mas como devem calcular agarrei-me logo àquela que (para mim) é a grande festa do ano: Feira do Livro de Lisboa de 2017! E, agora, sim... fresquinho, fresquinho... vamos fazer o rescaldo do evento!
Segundo a organização do evento, foi a "maior feira do livro de sempre" e a adesão também foi grande: antes do fecho, previa-se ultrapassar o valor recorde de meio milhão de visitantes registado em 2014.

Confesso que não fui tantas vezes quantas queria. Quem leu isto aqui, também já percebeu que era menina para estar lá batida todos os dias.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

8 Destinos para Viajar pelos Sentimentos

Tal como no mês passado (ver aqui), decidi voltar a colaborar no projeto ACMA, que desta vez apresentou-nos um desafio interessante: fugindo ao que o Dia dos Namorados já nos habituou, vamos falar de SENTIMENTOS! E foi este o mote que me arrastou para uma das minhas maiores paixões: VIAJAR!
Há uns meses atrás, decidi colocar o meu espírito nómada em pausa para dar prioridade à vida em terra firme: aumento da família, mudança de casa... tarefas que têm sido intermináveis! Por isso, não se avizinhando grandes viagens para breve, lembrei-me de partilhar convosco alguns dos sítios que já tive oportunidade de conhecer e os sentimentos que me oferecem cada vez que os recordo. Uma espécie de roteiro de emoções... Vamos viajar?!

SAUDADE | Londres (Inglaterra)
Costumo dizer que são poucos os sítios onde me sinto inexplicavelmente em casa e este é um deles. É sempre com saudade que lembro a capital inglesa: os passeios no meio da agitação citadina multicultural, com um cappuccino bem quentinho na mão a combater o clima frio, a tranquilidade dos grandes jardins a contrastar com o ritmo frenético cosmopolita, os esquilos, os musicais, o sotaque, a animação, os pubs, o futebol...e nunca mais parava. Tenho a certeza que já vivi aqui noutra vida. Embora eu seja suspeita, penso que é um daqueles destinos que se devem visitar pelo menos uma vez na vida. A não perder: Museu Madame Tussaud's (o famoso museu da cera) e um passeio (sem pressa) por Convent Garden!

Sentimentos
London | Big Ben
Destinos
London | The Sherlock Holmes Museum
Destinos
London | Tower Bridge
MELANCOLIA | Budapeste (Hungria)
Foi em trabalho que aterrei na Hungria (ver aqui e aqui) e, durante alguns dias, tive o privilégio de deambular pelas ruas da capital. Budapeste tem um ar altivo e imperial, com vários monumentos que deixam perceber outros tempos, enquanto a vida cosmopolita moderna se vai misturando. É uma cidade muito bonita, cortada pelo majestoso Danúbio: de um lado a antiga Buda e do outro a antiga Peste. Palmilhei-a, primeiro, pela Ponte das Correntes e, depois, no regresso, pela Ponte Elizabeth. De facto, não podemos ficar indiferentes à vivacidade e aos tons dourados, sob um céu cinzento, típico de uma Europa central. Contudo, também não ficamos indiferentes às muitas coroas de flores que se espalham pelas paredes das ruas, que nos relembram tempos bélicos e de sofrimento. Não obstante a beleza deste destino, este foi um dos aspetos que me ficou na memória - uma nostalgia de outros tempos, como se o passado não quisesse ser esquecido. A não perder: visitar o Mercado Central de Budapeste e comprar a típica Paprika!

Budapeste | Ponte das Correntes
Budapeste | Parlamento
Budapeste | Mercado Central
LIBERDADE | Riviera Maya (México)
Quem gosta de História ou, pelo menos,  tenha curiosidade sobre o passado não consegue ficar indiferente à Riviera Maya. Inevitavelmente queremos ver as famosas pirâmides, que são realmente dignas de visita, pela arquitetura e todos os pequenos segredos que escondem. Igualmente inevitável é apaixonarmo-nos pela natureza daquela região, que nos oferece uma sensação de liberdade infinita. Quem vai à Riviera Maya tem de passar um dia num dos parques naturais que inteligentemente promovem...no mínimo! Em duas oportunidades, conheci dois parques distintos, que recomendo vivamente. Xel-Há, um parque ecológico conhecido como o maior aquário natural do mundo, onde somos capazes de passar o dia inteiro em diferentes desafios e atividades...sempre dentro de água! Por sua vez, temos Xcaret, um parque não só ecológico, mas também arqueológico, visto que foi um importante porto mercantil para a civilização maia, onde as atividades dentro e fora de água levam-nos para outros tempos bem antigos. A não perder: o espetáculo noturno em Xcaret, onde mergulhamos nas grandes tradições maias!

Sentimentos
Riviera Maya | Xcaret
Sentimentos
Riviera Maya | Chichén Itzá
Sentimentos
Riviera Maya | Xel-Há
FELICIDADE | Disneyland (Paris - França)
Ser feliz é viver no mundo Disney. Quem não gosta?! E quem pensa que é um destino infantil, engana-se... é muito comum serem os adultos a divertirem-se como se não houvesse amanhã! O grande problema é que queremos trazer essa felicidade toda para casa (o marketing é poderoso, cuidado!) e ficamos completamente falidos. Mas esta é outra daquelas viagens a fazer pelo menos uma vez na vida. Voltar a viver o mundo pelos olhos de uma criança (algo que vamos perdendo com os anos) é algo mágico e único. O mundo do trabalho, as contas, o trânsito, os horários...fica tudo do lado de fora, porque ali somos o Peter Pan, a Alice no País das Maravilhas, a Rapunzel, a Sininho, o Mickey, a Minnie e tantos outros! A não perder: o espetáculo Wild West, o espetáculo noturno de encerramento (tive a sorte de nevar nessa noite e foi algo realmente espetacular) e, especialmente para quem tem pequenas princesas em casa, o almoço com as princesas chez Cinderela!

Sentimentos
Disneyland Paris
Sentimentos
Disneyland Paris
DESLUMBRAMENTO | Praia dos Carneiros (Pernambuco - Brasil)
Em modo férias dolce fare niente, rumei ao Brasil pela primeira vez. Fiquei na Praia de Muro Alto e este foi um dos destinos que me ficou no coração. Num dos passeios para conhecer arredores e outros pontos de interesse, fui de lancha até à Praia dos Carneiros e só vos tenho a dizer: UAU! "Isto existe?!", foi o que pensei. Quando julgamos que tudo já foi descoberto e transformado pelo Homem, surge a Praia dos Carneiros, uma praia ainda selvagem, bastante protegida pelos proprietários daquela zona. Penso que quando falamos de paraíso é mais ou menos isto que imaginamos. A não perder: muitos mergulhos e um petisco em pleno mar no "catering móvel" que só existe enquanto há visitas (e o mar permite)!

Sentimentos, Viajar
Praia dos Carneiros
Sentimentos, Viajar
Praia dos Carneiros
TENSÃO| Nicosia (Chipre)
Também foi em trabalho que permaneci no Chipre, tendo passado grande parte dos dias em Nicosia, a capital. Uma das coisas que mais adorei foi a gastronomia. Nós, portugueses, atendendo à qualidade da nossa gastronomia, temos a fasquia elevada, por isso não é fácil contentar-nos, mas os cipriotas conseguiram. Aliás, a gastronomia cipriota é, no fundo, baseada na gastronomia grega, logo mediterrânica, sempre com vinho e pão na mesa, quase sempre muito bem recheada por vários petiscos e saladas e carnes grelhadas e queijos. Enfim, o tuga gosta! Ao conhecer a cidade e as pessoas, não senti que estava tão longe do meu país, pois há realmente muito daquilo que nos identifica, desde o som da cidade às rotinas da população (cafés, bares, lojas, esplanadas, artesanato...). Mas a dada altura sente-se que há algo a assombrar aquela que é a maior cidade cipriota. Na verdade, atualmente, esta é a única capital europeia dividida: a sul temos os cipriotas gregos e a norte a zona ocupada pela Turquia (e reconhecida apenas por estes como território turco). A meio da Rua Ledra, há uma zona desmilitarizada da responsabilidade das Nações Unidas, onde (após nos identificarmos e adquirirmos uma espécie de visto) podemos passar para a zona ocupada. E, de repente, parece que passámos a fronteira para outro país: das características culturais e religiosas aos traços arquitetónicos, a transformação é abismal. Tudo num espaço de poucos metros. Nesta zona em particular, mas também por toda a capital, os olhares, os silêncios, os cheiros são ambíguos e fazem-nos sentir a tensão que pesa sobre um passado de violência que não está assim tão longe. A não perder: uma visita às duas zonas e uma fotografia no banco da PAZ junto da "fronteira" das Nações Unidas!


Sentimentos
Nicosia Gyros
Sentimentos
Nicosia | United Nations
Sentimentos
Nicosia | Occupied Area
PAZ | Szilvásvárad (Hungria)
Durante a minha viagem à Hungria, tive a oportunidade de visitar outros pontos do país, sendo que o último dia de passeio teve como destino Szilvásvárad (ver aqui), um parque natural conhecido pela sua "rainbow waterfall". E aquele que poderia ser apenas mais um parque natural, apresentou-se como a encarnação da Mãe Natureza em pleno. Não é por acaso que decidi colocar este parque natural neste roteiro. Para além de ser gigantesco e ter uma fauna e flora dignas de uma mega reportagem fotográfica, tem uma particularidade que me ficou na memória: o silêncio. Como se a nossa vida quotidiana, de repente, fosse desligada num botão. Só nós e a natureza imensa. E é nesse silêncio, diria terapêutico, que começa a nascer uma sensação de paz com tudo e todos os que nos rodeiam. A não perder: a interação com os pequenos bambis, que são tãoooo amorosoooos!!!
Szilvásvárad
Szilvásvárad
Szilvásvárad
SURPRESA | Kotor (Montenegro)
Foi num cruzeiro que descobri Montenegro. Não tinha grandes expetativas, confesso, pois nada conhecia sobre este ponto de paragem no meu percurso. De facto, a ignorância pode ser uma benção nalguns casos, mas noutros é uma vergonha. Assim que começámos a avistar terra, a reação foi agarrar na máquina e fotografar. De todas as perspetivas e de todos os ângulos, sem parar. Naquele instante percebi que todas as fotografias do mundo não conseguiriam transmitir tudo aquilo que eu estava a ver. É simplesmente avassaladora a beleza dos fiordes montenegrinos, desde a baía de Kotor à cidade velha desta mesma vila, que mais parece ter sido construída para brincarmos aos tempos antigos. A não perder: a subida até à Igreja de Nossa Senhora da Saúde (pelo menos! é dose, aviso já...) e muitas, muitas, muitas fotografias e vídeos!
Montenegro | Kotor Bay
Montenegro | Kotor Old Town

Montenegro | Kotor Village
Montenegro | Kotor Bay

Espero que tenham gostado dos destinos que vos trouxe, num roteiro especialmente preparado para o mês dos sentimentos.

E vocês?! Por onde já andaram a viajar e o que vos ficou na alma?!
Contem-me tudo!


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Blogs Fundadores do Projeto ACMA
Hey, Pêssegos! | Anda daí! | Miss Melfe | The Eyes of a Mermaid | Comic Life | Cor sem Fim

Alguns dos Blogs Convidados do mês de Fevereiro
Olhares Indiscretos
Nerdy Chill Out

Laura Nolasco
Karina Pinho

Qualquer blogger ou youtuber que queira juntar-se ao projeto ACMA - A Cultura Mora Aqui basta enviar um e-mail para corsemfim@gmail.com. Ficamos à vossa espera!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

ACMA | 8 Livros para (Re)Começar

ACMA

Fugir aos temas do mundo feminino que inundam a blogosfera e dar lugar a tantas outras coisas boas da vida. Foi sob este lema que a Joana do blog Cor sem Fim deu o pontapé de saída para o projeto ACMA - A Cultura Mora Aqui. Todos os meses, um tema. A partir deste, muitas partilhas sobre música, televisão, cinema, decoração, livros, histórias, receitas, jogos, experiências e tantos outros assuntos. É com grande satisfação que me junto a este projeto, pela primeira vez, no mês dos (Re)Começos.

Decidi, então, falar-vos de livros que podem ser uma excelente fonte de inspiração para dar aquele passo em frente que nunca mais chega. Ou simplesmente para acompanhar e dar mais força às mudanças que estamos a viver. Sem pretensões de qualquer "intelectualismo literário" e sem qualquer ordem em particular, deixo-vos algumas sugestões de livros onde vivi algum tempo e fui muito feliz. Livros onde a palavra de ordem é, sem dúvida, (re)começar.

ACMA

As Cores da Amizade de Lisa Verge Higgins
Ironicamente, é na morte que apreciamos a vida. Até este momento, perdemos tempo e deixamos tantas coisas boas por acontecer. O enredo, simples e de leitura levezinha, inicia quando Rachel Braun morre cedo demais, deixando um desafio a cada uma das suas três melhores amigas. É a partir destes desafios que as três mulheres recomeçam as suas vidas e despertam para a alegria de viver.

ACMA

Chocolate de Joanne Harris
Para mim, quase um clássico, porque é a Joanne Harris e (claro!) estamos a falar de chocolate. Esta é a história de uma mãe solteira, que decide mudar-se com a filha para uma pequena aldeia muito conservadora, onde abre uma chocolataria. É através do chocolate (em vários formatos, texturas e sabores...hummm) que são retratadas várias questões como a liberdade de expressão, a igualdade de género, a discriminação racial ou a importância dos pequenos prazeres da vida. O próprio estilo de vida nómada da protagonista é questionado, pois um recomeço nem sempre significa partir...

ACMA

A Noite
de José Saramago
Verdade seja dita que o texto dramático é um dos parentes pobres da literatura, sendo raramente lembrado fora dos palcos. Porém (ou não fosse esta uma das minhas praias preferidas), deixo-vos uma sugestão neste género. Em primeiro lugar, porque nem todos sabem que Saramago também escreveu para o teatro (e com pontuação). Em segundo lugar, porque esta peça retrata uma das noites mais importantes da nossa história: 25 de Abril de 1974. A ação decorre numa redação de jornal. E Portugal prepara-se para recomeçar, após uma longa ditadura.

ACMA

Meditação e Mindfulness 
de Andy Puddicombe
Esta é uma das minhas leituras atuais e ainda não terminei. Mas o que já li é suficiente para gostar e recomendar, tendo em conta que falamos de (re)começos. Andy estava a meio de uma licenciatura quando, com 20 anos, decidiu partir para os Himalaias para estudar meditação. Na bagagem uma série de ideias pré-concebidas, que herdamos dos filmes e das histórias que ouvimos. Ao longo de 10 anos, viveu inúmeras experiências, que o levaram a tantos outros destinos, tendo acabado como monge budista tibetano. Mais tarde, volta à vida tradicional e traz-nos o Headspace, sendo uma referência no que toca à meditação e ao mindfulness. Excelente para recomeços de alma e de perspetiva sobre o que nos rodeia.

ACMA

O Livro de Cozinha da Marta
de Marta Varatojo
Descobri a Marta por acaso na Internet, no início deste mês, e devorei o seu livro de cozinha num ápice. É verdade que estou a atravessar uma fase de reeducação alimentar e, por isso, as condições para ter interesse por este tipo de livro estavam criadas, mas valeu a pena. Mais do que um conjunto de receitas (algumas das quais já experimentei), a primeira parte deste livro preocupa-se em oferecer-nos uma visão muito clara e interessante sobre a alimentação macrobiótica e a sua estreita ligação ao equilíbrio Yin Yang. Uma excelente leitura para quem deseja adquirir novos hábitos alimentares, exclusivamente (ou não) macrobióticos.

ACMA

Cortei as Tranças
de António Mota
Para o público mais jovem, proponho a história de Marta. Certo dia, recebe o telefonema que ditaria a sua vida: a mãe acabara de morrer, vítima de um acidente de viação. Assim, decide cortar as suas tranças, que a mãe tratava com tanto carinho, e vê-se obrigada a crescer. E, de repente, a vida muda por completo. Até porque os recomeços podem acontecer em qualquer altura e em qualquer idade.

ACMA

Comer, Orar, Amar
de Elizabeth Gilbert
Um dos livros sobre recomeços por excelência e um dos poucos cuja adaptação para o cinema é absolutamente divinal. Esta é a autobiografia de uma jornalista que decide largar tudo o que tem para se encontrar. Itália, Índia e Indonésia são os palcos onde nos deliciamos com sabores, cheiros, cores, experiências, formas de estar e de olhar a vida. Sem dúvida, uma viagem física e espiritual que todas as mulheres todos deveriam realizar. Quanto mais não seja, acompanhando a protagonista nesta aventura. [Nota: impróprio para apreciadores de gastronomia italiana]

ACMA

Livro
de José Luís Peixoto
Não podia faltar um dos meus escritores de eleição com aquela que julgo ter sido a sua melhor obra até à data. Quem decidir navegar no Livro, título da obra e nome da personagem principal, deve estar preparado para uma história densa com um foco muito cru sobre a emigração portuguesa, uma história sobre a qual não podemos desviar o olhar, sob pena de nos perdermos. Ilídio é abandonado pela mãe e, sozinho, espera-a numa angústia que também é nossa; ela não regressa. Dá-se, então, o (re)começo.

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