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terça-feira, 19 de setembro de 2017

Uma Forma de Amar na Cozinha da Marta

Foi há cerca de 6 meses que ouvi falar do livro da Marta Varatojo e, relembrando os tempos de faculdade em que era frequentadora assídua do refeitório macrobiótico, decidi aventurar-me nesta leitura e compreender um pouco melhor o conceito que lhe serve de tema.


Não fiquei arrependida, pois este não pretende ser mais um livro de receitas. Há toda uma contextualização da macrobiótica, que ao contrário do que alguns pensam não é sinónimo de agora-só-como-vegetais. É um estilo de vida que vai muito além de uma dieta alimentar. Gostei particularmente de compreender a sua ligação com os princípios orientais de Yin e Yang - desconhecia tal relação, confesso! 

Cozinha

De facto, são várias as aprendizagens que podemos fazer ao longo do livro, mesmo sem qualquer pretensão de mudar radicalmente a forma como nos alimentamos. Nos últimos 6 meses, aos poucos, fui introduzindo algumas alterações na minha alimentação, inspiradas nesta cozinha da Marta (e não só), e os resultados refletem uma sensação genuína de bem-estar. Longe de me considerar uma persona macrobiótica, penso que é conhecendo os alimentos e aquilo que nos podem trazer (de bom e mau) que conseguimos gerir a nossa alimentação da melhor forma.

E, às vezes, pequeninas mudanças fazem toda a diferença.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Livros, Crianças e Day Off... ou mais um Dia de Natal?!

Para aliviar a ansiedade de todos os que adoram o Natal como eu, existem alguns dias ao longo do ano que nos trazem aquela magia única de dezembro. E hoje é um desses dias! Ora vejamos...
  1. Comemora-se o Dia Mundial da Criança!
  2. O meu município (a linda vila de Palmela) celebra o seu feriado!
  3. Começa hoje a 87ª Feira do Livro de Lisboa 2017!
É ou não é Natal?! Há lá coisa melhor do que não ir trabalhar, ficar a saltar nos trampolins, enquanto se navega no fantástico mundo das histórias?! Além disso, é o primeiro dia do mês que nos traz o Verão... é muita emoção junta, não há coração que aguente!!! Mas calminha com o andor...não nos podemos dispersar nesta loucura!

Dia

Falemos da Feira do Livro de Lisboa e, fait attention, minha gente natalícia, que isto é assunto para ser levado muito a sério: toca a tirar apontamentos!

1 a 18 de Junho
É o período em que podem ir até ao Parque Eduardo VII visitar a Feira do Livro, por isso metam férias, digam ao patrão que estão de quarentena ou arranjem um atestado médico, mas desenrasquem-se!

Quem? Onde? Quando?
Para conhecerem a agenda deste evento, basta acederem aqui e explorarem o que vos interessa: livros, escritores, workshops, música, entre outros. Para aqueles que gostam de rotas bem definidas, têm aqui o mapa da Feira.

Dia

Wishlist
Durante a vossa exploração, podem logo adicionar alguns mais-que-tudo à vossa wishlist (eu não disse que isto era Natal?!). Para isso, basta fazerem um registo rápido no site e, voilá, é só adicionar o que vos pisca o olho. 

Livros do Dia
Para mim, esta é das melhores coisinhas para quem quer poupar uns trocos e trazer quase a Feira toda para casa! No site, têm um espaço onde podem consultar quais os livros que naquele dia irão estar com um preço especial... e podem já ver todos os dias até ao final da Feira. Ou seja, basicamente é escrutinarem essa informação dia a dia (que não é pouca) e irem chutando para a wishlist. Se não conseguirem um atestado médico para tirarem o dia para fazer isto, podem sempre ir consultando diariamente - é uma boa opção para quem vive em Lisboa e tem facilidade em ir à Feira todos os dias. Se já sabem bem o que querem, podem simplesmente pesquisar os livros que procuram e verificar se têm um dia especial... se sim, é chutar para a wishlist e fazer um telefonema fanhoso para o patrão!

Dia

Só pelo passeio?
Ontem comentei com as minhas pérolas que hoje começaria a Feira do Livro em Lisboa. Risos, expressões "WTF?!" e perguntas sarcásticas do género "E isso é importante porque...?!" foram algumas das reações que recebi. Enfim, já sabemos que nem toda a gente gosta do Natal e há que respeitar o seu apreço pela ignorância por outros interesses...
Para aqueles que ler é algo que não lhes assiste, há sempre outras razões para dar um saltinho à Feira. Podem assistir aos vários Show Cooking previstos, fazer um rally street food (farturas, bolas da praia, imperiais e tremoços, ginginha de Óbidos, pregos, cachorros...é só começar numa ponta e acabar noutra) ou deixar alguns livros que estão a ganhar pó lá em casa no Banco de Bens Doados.

Por aqui, voltaremos a este tema, em jeito de rescaldo de um dos grandes eventos do ano.
Entretanto, podem ir acompanhando no Instagram as novidades.

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Vais morrer no Natal!

[spoiler alert]

Li algures recomendarem este livro a todos os que gostaram d' A Rapariga no Comboio, por isso fiquei logo com uma pontinha de curiosidade. Não conhecia o autor e estava longe de imaginar o que estava pela frente. Mas esta foi uma "viagem" que valeu muito a pena!

Photo: Google
Não vou dizer que se tornou num dos meus escritores do coração, porque isto não é assim à primeira leitura. Digamos que o Sr. Tremayne conseguiu lançar o seu charme, surpreender e estamos agora na fase do "conhecermo-nos um pouco melhor". Isto porque, com uma escrita simples e linear (ao contrário da Paula Hawkins), consegue conduzir-nos num desespero página após página até ao fim. E por "desespero" entenda-se aquele nervosozinho irritante que se entranha no estômago e nos faz parecer um junkie: "só mais este bocadinho... já agora, leio mais este bocadinho... vá, só até ao final do capítulo..."!

O caso não é para menos. Imaginem uma criança super cutchi cutchi, que parece ter o dom de adivinhar algumas coisas (e até aqui pensamos em levá-la à Casa da Sorte para jogar forte e feio no Euromilhões), de repente dizer-vos sem papas na língua e de forma muito assertiva: "Vais morrer no Natal!". Como devem calcular, a partir daqui é sempre a arrepiar (literalmente) caminho até ao final...

[algum blá blá blá mais intelectual...]
Como já referi, a escrita é simples e, por isso, a leitura acaba por ser agradável e leve, ao contrário do enredo que começa a pesar página a página, adensando-se num labirinto esquizofrénico, onde por vezes nos perdemos com a protagonista na sua loucura. Excelente criação de personagens, desenhadas com pormenor e que nos sugam para dentro da narrativa. A descrição dos espaços, tendo a Cornualha como palco, é feita de forma muito crua: facilmente conseguimos ver o céu cinzento, a frieza e a humidade das minas, a agressividade do mar, o isolamento das matas.

Este foi daqueles que valeu a pena!
Tremayne, podes continuar a mandar vir!

terça-feira, 4 de abril de 2017

O Reino do Fogo: O Evangelho de Loki

Oh, Joana, porquê??!!!
Eu que te tinha no Olimpo Literário, eu que não duvidei por um segundo que esta ia ser mais uma aventura gratificante...sinto-me defraudada!

Reino

Desde o famoso Chocolate que Joanne Harris se tornou numa das minhas escritoras de eleição, a ponto de (quase) não duvidar do que vinha pela frente. Quando vi que se tinha aventurado pela mitologia nórdica fiquei bastante curiosa. Adoro mitologia e era a Joanne Harris, não havia como errar. E enganei-me redondamente.

Demorei uma eternidade para conseguir chegar ao fim deste livro. Houve partes que me aborreceram de morte e me fizeram encostar o livro durante semanas, para depois recomeçar esta peregrinação literária sofrida. Sinto que estoicamente (ou por teimosia) cheguei ao fim e já li o óraculo na diagonal.

Embora goste muito de mitologia, confesso que não sou grande conhecedora da nórdica. As histórias de Odin, Thor ou Loki chegaram-me pelo Chris Hemsworth no grande écrã e pelo grande Ragnar Lothbrok no pequeno écrã. E isto foi insuficiente para compreender em pleno algumas personagens e detalhes do enredo. Ou seja, senti por vezes que a história foi escrita apenas para entendidos no assunto e, logo aqui, começou a desilusão. Depois, a personagem principal: Loki. Repetitivo, por vezes demasiado colado à personagem construída por Tom Hiddleston no filme Thor e, a partir de determinada altura, previsível e aborrecido. Por fim, um enredo a cair na monotonia, com uns confrontos e desaguisados entre deuses, de vez em quando, para apimentar a coisa. Não gostei.

É possível que não venha a ler tão cedo algo da escritora que envolva mitologia, mas também não a vou enterrar no submundo dos escritores como persona non grata para todo o sempre. Até porque uma parte não faz o todo. E o Chocolate continua a ser um excelente estimulante, dizem os especialistas.
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