sábado, 30 de abril de 2016

#omeuanoemfotos 121 | Primeiro dia

...de escola.
A Joy começou a frequentar um curso de obediência no espaço onde ficou durante as férias. Agora, o curso continua, mas eu também sou aluna; e hoje foi o primeiro dia.
É extraordinário como, em tão pouco tempo, ela já consegue seguir algumas indicações...do treinador! Exato, leram bem: do treinador! Sempre que a peste passava para as minhas mãos, fazia tudo menos o que eu lhe pedia. Correr, rebolar, ficar parada a mastigar ou de barriga para o ar a vegetar perante um "senta!"...foi tudo (muito) ao lado!

Cheira-me que alguém vai chumbar neste curso...

quinta-feira, 28 de abril de 2016

#omeuanoemfotos 119 | Good Mood

Basta decidir. E depois ser persistente.
Imaginemos isto como o Pacman, que anda pelo labirinto a fugir aos terríveis fantasmas papões: sempre em frente, desviando-se de todos os obstáculos, ganhando sempre algo a cada passo no seu percurso. No momento em que se deixa encurralar, é engolido. E o Pacman tem mais do que uma vida.

Nós temos apenas uma.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

#omeuanoemfotos 118 | Pôr-do-Sol

Dois dias depois parece-me que passou um mês. É impressionante como precisamos de vários dias para conseguir descomprimir e em apenas dois conseguimos acumular um nível extraordinário de tensão e stress.

Respirar fundo. Descomplicar. Estabelecer prioridades. Resolver uma coisa de cada vez. E aproveitar a força do sol, que nos tem brindado logo pela manhã e nos tem acompanhado até tarde.

É só seguir-lhe o caminho.

terça-feira, 26 de abril de 2016

#omeuanoemfotos 117 | Regresso

...ao trabalho, logo bem cedinho pela manhã (aka madrugada)!

O tempo é, sem dúvida, das invenções mais extraordinárias do Homem: sempre na mesma cadência, passa a velocidades diferentes para cada pessoa e em cada contexto.

Hoje a manhã pareceu-me uma semana e a tarde um mês. Curiosamente, prevejo uma noite de cinco minutos.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

#omeuanoemfotos 116 | Home

Viajar é das melhores coisas que podemos fazer na vida. Para qualquer lado, de qualquer forma. Oferece-nos conhecimento, experiências e uma visão nova sobre o mundo que nos rodeia. As memórias de paisagens, cheiros e sons, impossíveis de reproduzir fielmente, já ninguém nos tira.

E voltamos renovados, com a capacidade de dar importância àquilo que realmente merece essa importância, pois percebemos que o mundo é muito maior do que as pequenas chatices que tendemos a empolgar no dia a dia.
Viajar também nos oferece isto: a saudade de casa, a valorização daquilo que é nosso. Porque aquela sensação de paz quando entramos novamente em casa, parecendo que estivemos fora uma eternidade, também faz parte da experiência.

Ok...excepto a parte de arrumar as malas. Esta parte já não é tão agradável.

domingo, 24 de abril de 2016

#omeuanoemfotos 115 | Pioggia

Não poderia haver final mais triste do que este: um último dia carregado de chuva e, pior, vento!!! E por que é que isto é dramático, perguntam vocês??? Porque hoje eu ia andar de gôndola! Pois é...eu vou ser aquela que esteve em Veneza e não pôs sequer o real traseiro numa gôndola. Sinto-me uma autêntica Cersei a percorrer as ruas em pelota e a ouvir "Shame! Shame! Shame!".
Enfim, poderia dizer-vos que vou arrepender-me disto para todo o sempre, mas como sou uma otimista por natureza apenas vos digo que Veneza é para voltar e se for preciso até sou eu que conduzo a gôndola! [ok...menos...eu sei]

Agora que confessei o meu grande pecado, perguntam vocês: então, e que andaste a fazer debaixo dessa tormenta?!
Pois bem, quando os dias estão manhosos, a malta fica no quentinho do sofá, enrolada na manta e de pantufas, a comer gelado e a ver filmes ou séries, certo?! Visto que a minha casa está um bocadinho longe (2400 kms, mais coisa, menos coisa), tive de me aconchegar nas lojas. Não foi tarefa fácil, pois andava tudo ao mesmo e não há bolsa que aguente tanto pecado junto! É que Veneza é uma cidade cara nos transportes, na alimentação ou no artesanato. Uma espécie de Algarve para os estrangeiros, na época alta, mais taxa de serviço a 12% todo o ano!

Porém, nem tudo foi assim tão mau: mais vale tarde do que nunca, bebi o melhor café de sempre!

E agora a última paragem de todas: amanhã, regresso a casa.

sábado, 23 de abril de 2016

#omeuanoemfotos 114 | Murano

A cerca de 1 km de Veneza, chegamos à ilha de Murano, que na verdade é um arquipélago de sete ilhas unidas por pontes. Foi este o ponto alto do dia: conhecer a famosa terra da arte do vidro! 

De facto, quando chegamos a Murano, começamos logo a ver vitrines seguidas de vitrines com todo o tipo de objetos em vidro, de todas as cores. Senhoras: não vale a pena começar logo a gastar os euros à maluca na primeira paragem! Durante o passeio, vão ver que há muito por onde escolher e que os preços também variam...

Uma experiência interessante é, sem dúvida, assistir ao vivo à criação destes objetos e a algumas técnicas do trabalho em vidro. Se acompanharam o que partilhei no Snapchat (shesatcandyland) ou no Instagram, devem ter ficado com a mesma sensação que eu: parece que estamos a ver os acrobatas do circo numa atuação em que tudo parece tão simples e fácil. Aliás, como referiu o anfitrião da demonstração que tive oportunidade de assistir, "é uma tarefa bastante fácil, só precisamos de cerca de 90 anos de aprendizagem".
Atenção: vão encontrar vários sítios para observar os bastidores desta arte. Alguns cobram um valor à entrada, mas existem vários que têm entrada livre (poderão contribuir no final, se assim entenderem), por isso não entrem logo no primeiro que vos aparecer!

Depois o resto do passeio faz-se rápido, visto que Murano não é muito grande. Lojas repletas do maior tesouro local (e vão encontrar coisas muuuuuiiiiito giras!), cafés e restaurantes à beira do canal são o cenário principal.

Para chegar e sair de Murano, o transporte é simples: vaporetto, o famoso autocarro aquático (water bus). Só para avisar que passear em Veneza e arredores não é propriamente barato... Só uma viagem de vaporetto custa 7,50€; se quiserem andar à vontade todo o dia nos transportes (vaporetto e autocarro) têm os bilhetes diários, que acabam por compensar a quem está numa de correr a cidade de trás para a frente. Existem também os táxis marítimos, que vos cobram 60€ ou mais para fazer 1 km.

Mais barato que o vaporetto, pelo que descobri até agora, só mesmo "a la pate", que é como quem diz "mexe as pernas que só te faz é bem"! E posso dizer-vos que funciona na perfeição!

sexta-feira, 22 de abril de 2016

#omeuanoemfotos 113 | Veneza

O Costa Mediterranea atracou no porto de Veneza por volta das 8h00, para se despedir dos seus hóspedes. Uma viagem que valeu a pena, a vários níveis, e que apetece muito repetir.

Já com os pés firmes em terra, chegou a altura de explorar Veneza, como vocês devem calcular. Por hoje, apenas vos digo que adoro esta cidade. As cores, os cheiros, os sons, os gestos. Foi uma sensação de familiaridade, de estar em casa, quase tão grande como em Londres.
Como é óbvio, a expetativa é ver os canais, as gôndolas e os edifícios muito "Romeu e Julieta" (cuja história decorre em Verona, e não em Veneza, só para relembrar). E rapidamente satisfazemos essa necessidade assim que começamos a explorar a cidade a pé: ruas estreitas e pitorescas, edifícios a lascar história por todos os lados com aquelas janelas e varandas românticas, pontes grandes e pequenas, bem curvadas e com escadas, num sobe e desce sobre os canais, por onde gôndolas, vaporettos e water taxis passam a ritmos diferentes, num trânsito marítimo sincronizado.

A grande Piazza di San Marco, com a sua Basílica e Campanário, património da Humanidade, foi um ponto imperdível de visita, embora tenha sido apenas uma visita de médico. De facto, quando se entra na Piazza, há uma tendência natural para contemplar todo o espaço em volta, quase de forma desorientada, tendo em conta a sua imponência e austeridade.

A partir daqui foi caminhar sem destino certo, de mochila às costas, descobrindo cantos e recantos, por entre as famosas máscaras carnavalescas ou as muitas peças em vidro de Murano.

Mas hoje foi apenas o primeiro dia. Veneza é a minha nova morada nos próximos tempos. A viagem continua agora por terra...

quinta-feira, 21 de abril de 2016

#omeuanoemfotos 112 | Dubrovnik

Último porto a explorar: Dubrovnik, de regresso à Croácia.
As expetativas já eram consideráveis, tendo em conta a fama que este local tem conquistado nos últimos tempos. Embora não me tenha alongado muito na visita, ficando-me apenas pela Stari Grad (ou seja, a cidade velha)do pouco que conheci a fama é merecida. 

Pile Gate: existem quatro entradas na muralha que circunda a cidade velha e esta é a mais antiga. Com a figura de San Blas, padroeiro da cidade, na fachada, esta entrada conserva ainda a ponte levadiça que protegia o interior da cidade durante a noite e durante os ataques.

Walls of Dubrovnik: todo o passeio foi feito entre as antigas pedras que protegem a cidade e cuja conservação é impressionante. Por aqui, abundam lojas, cafés, restaurantes...muito, muito turismo! Tudo a par, claro, de referências históricas aos transeuntes: o Palácio de Rector, o Palácio Sponza, a Fortaleza St. John, a Catedral e o seu espólio (que só sai à rua em dias festivos), as Igrejas de St. Ignatius e de St. Saviour (que é como quem diz "de São Inácio e de São Salvador"). Tudo organizado em ruas estreitas, assimétricas e desniveladas, que conferem um carisma muito especial à pequena cidade.

Product Market: cidade turística que se preze tem de ter um mercado e aqui não foi exceção! Em pleno coração da Stari Grad, várias bancas resguardadas por guarda-sóis ofereciam uma panóplia de produtos locais, desde as ervas aromáticas aos famosos saquinhos de lavanda, passando por fruta, doces típicos e todo o tipo de acessórios. 

Havendo mais tempo, seria possível explorar a maior riqueza desta terra: o mar. Dei por mim a tirar fotografias atrás de fotografias, depois filmava, depois apostava numa panorâmica...tudo para tentar registar o que estava a ver! Missão fracassada, pois nem todas as fotografias juntas conseguem transmitir a verdadeira beleza da paisagem de Dubrovnik. Exatamente a mesma sensação que tive em Montenegro, onde a frustração ainda foi maior.
Conhecida como Pearl of the Adriatic, faz realmente jus à sua alcunha! Como disse George Bernard Shaw, "aqueles que procuram o paraíso na Terra deveriam vir a Dubrovnik e descobri-lo".

Sabem aquela vontade de mergulhar e ficar a pertencer ao fundo do mar?! É isto.

Com Dubrovnik para trás, segue-se o último trajeto marítimo até ao destino final: de volta a Veneza!

#omeuanoemfotos 111 | Corfu

Já de regresso para norte, hoje foi dia de conhecer Corfu, também conhecida como Kerkyra.

Embora esta fosse mais próxima do meu imaginário grego (fortemente alimentado pelo musical dos ABBA) do que Katakolon, não é exatamente aquele espaço idílico cheio de casinhas brancas e azuis, separadas por ruas estreitas e muitos desníveis, mergulhado num imenso mar azul cristalino. Sim, o mar é azul e cristalino e a paisagem é digna dos mais variados elogios, mas desenganem-se se pensam que aqui conseguem reconstruir todo aquele cenário com uma multidão a cantar "Mamma mia, here I go again!".

Palácio Achilleion: um dos momentos mais interessantes foi a visita ao palácio da Imperatriz da Áustria, Elisabeth of Bavaria, mais conhecida por Sissi, que pelos vistos tinha uma pancada valente pela beleza, o que a levou a dietas loucas, muito exercício físico e, claro, a escolha deste local como residência de férias (as primaveras e outonos eram passados aqui), visto estar localizado num ponto alto que permitia uma visão sobre a cidade de Corfu, Grécia continental e costa da Albânia. Uma imperatriz conhecida pela sua beleza, mas também pela sua trágica vida - dizem que a sua presença neste palácio era uma forma de fugir ao palácio da Áustria, onde tinha de levar com a sogra (ambas viviam em eterno conflito) e com a memória da morte do seu filho, vítima de suicídio. Para além de vários espaços que nos dão a conhecer a vida e morte da imperatriz (assassinada com um punhal no coração), o tema central decorativo de todo o palácio é o grande herói Aquiles, que é como quem diz o Brad Pitt. Há Pitts por todo o lado e de todos os tamanhos, bem como várias estátuas e imagens de musas e figuras da mitologia grega.
No jardim do Palácio, virada para a cidade, encontramos uma estátua de Aquiles com 6 metros, sobre uma base de 5 metros, ou seja, 11 metros de Brad Pitt vitorioso a intimidar os populares. Consta que anteriormente a estátua aqui presente era a que representava a morte de Aquiles, mas o Kaiser preferiu remeter esta para um local mais reservado, pois ninguém consegue exercer poder com uma estátua de um Brad Pitt agarrado ao calcanhar. Tranquilos, não vou contar a história de Aquiles (vejam o filme Troia, se ainda não o fizeram, para terem uma ideia)...

Mouse Island: uma breve paragem para apreciar do topo esta ilhota, cujo nome deve-se à sua forma, que faz lembrar um rato (não consegui comprovar esta teoria). Não sendo habitada por ninguém, apenas comporta uma pequena igreja, que faz as maravilhas das fotografias.

Corfu: um passeio pela zona antiga da cidade, onde encontramos a Fortaleza Veneziana situada num promontório, com uma enorme praça à entrada, a maior da Grécia e das Balcãs, sendo uma das maiores da Europa. Isto porque os venezianos pretendiam aquele espaço desocupado de edifícios, para cercar os inimigos que eventualmente conseguissem entrar na cidade. Hoje esta praça está repleta de esplanadas, cafés e lojas, para além de um enorme jardim onde vários jovens se divertem com um desporto muito comum na região, herança da ocupação inglesa: o cricket.

E, assim, nos despedimos da Grécia e continuamos o percurso de regresso, rumo a norte.

Next stop: novamente Croácia... desta vez, Dubrovnik!

quarta-feira, 20 de abril de 2016

#omeuanoemfotos 110 | Katakolon e Olympia

A expressão latina et in Arcadia ego, que significa "eu também estou na Arcadia", remete-nos para a natureza transitória da vida e a inevitabilidade da morte. Nasceu na península Pelaponesa, na Grécia, onde podemos encontrar a cidade Olympia, cujo nome nos leva automaticamente para os famosos jogos. Foi este, sem dúvida, o ponto alto do dia: conhecer o berço dos Jogos Olímpicos.

Katakolon é um pequeno lugar, conhecido principalmente por ser o porto de recepção de todos os que vêm de fora. Várias esplanadas e muitas lojas turísticas preenchem este ponto de chegada; autocarros, carrinhas e táxis são a ligação para a atração mais próxima: Olympia.

Olympia é uma cidade como tantas outras, sendo que o seu maior tesouro reside numa zona conhecida como "Ancient Olympia", ou seja, uma área arqueológica enorme, onde podemos tentar redesenhar o passado e entender os primeiros Jogos Olímpicos. Para quem gosta destas viagens históricas, é um espaço extraordinário, desde os templos de Zeus e Hera ao Estádio, onde decorriam muitas das provas, passando pelo altar de Hera, onde foi acesa a primeira Tocha Olímpica, bem como as que se seguiram (ritual presente nos Jogos dos tempos modernos). Uma curiosidade interessante: uma das grandes áreas em jeito de templo era destinada aos atletas que faziam batota; o seu nome e respetiva infração eram escritos numa pedra que servia de base a uma estátua de Zeus, como que um aviso a todos os outros atletas. Basicamente, era um espaço cheio de estátuas de Zeus para transmitir que o doping e a aldrabice não valem!

De volta ao barco, começámos as despedidas de Katakolon e os preparativos para a White Party.
Durante o jantar, ainda houve uma pequena interrupção, que levou toda a gente a levantar-se para assistir: os empregados de mesa fizeram uma pausa no serviço para... abanar o capacete em pleno salão! Foi um excelente pontapé de saída para uma noite bastante divertida...

E agora rumo ao próximo destino, ainda em terras gregas: Corfu!

terça-feira, 19 de abril de 2016

#omeuanoemfotos 109 | Kotor

Lindo, lindo, lindo. Resumindo, é isto.

Foi muito pouco o tempo disponível para conhecer esta cidade de Montenegro, que mais parece um paraíso escondido algures no Adriático. Quando aqui se chega, parece que acabámos de aportar numa qualquer cidade escandinava, caracterizada pelos belos fjords, em que as montanhas se espelham no pacífico mar. Poético, no mínimo.

A visita não pôde ir além da Old Town of Kotor, que é como quem diz "a zona velha e histórica da cidade", ou seja, "'bora lá ver os restos de outros tempos"! Para aqueles que gostam de História, lamento, mas não consegui saber muito sobre o local (os outros podem atirar confettis!)...

Na Old Town, criaram uma espécie de pequena aldeia vintage, com casas muito pitorescas em ruas estreitas e íngremes, onde encontramos de tudo: lojas, correios, bancos e montes, montes de pontos turísticos. Fez-me lembrar o nosso Piódão, mas sem a parte do xisto.
Olhando para cima, vemos o percurso da muralha da fortaleza, montanha acima (a pique!), em pedras polidas e completamente desniveladas, propícias ao belo do tralho! São cerca de cento e tal metros numa espécie de primeiro nível até à igreja, mais cerca de 200 num segundo nível até ao topo, onde fica o castelo. Fiquei-me pelo primeiro nível, pois ando destemida quanto às alturas, mas não exageremos. Além disso, não havia muito tempo.

Fica, sem dúvida, uma das melhores memórias fotográficas até ao momento.

Next stop: Grécia!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...