Já de regresso para norte, hoje foi dia de conhecer Corfu, também conhecida como Kerkyra.
Embora esta fosse mais próxima do meu imaginário grego (fortemente alimentado pelo musical dos ABBA) do que Katakolon, não é exatamente aquele espaço idílico cheio de casinhas brancas e azuis, separadas por ruas estreitas e muitos desníveis, mergulhado num imenso mar azul cristalino. Sim, o mar é azul e cristalino e a paisagem é digna dos mais variados elogios, mas desenganem-se se pensam que aqui conseguem reconstruir todo aquele cenário com uma multidão a cantar "Mamma mia, here I go again!".
Palácio Achilleion: um dos momentos mais interessantes foi a visita ao palácio da Imperatriz da Áustria, Elisabeth of Bavaria, mais conhecida por Sissi, que pelos vistos tinha uma pancada valente pela beleza, o que a levou a dietas loucas, muito exercício físico e, claro, a escolha deste local como residência de férias (as primaveras e outonos eram passados aqui), visto estar localizado num ponto alto que permitia uma visão sobre a cidade de Corfu, Grécia continental e costa da Albânia. Uma imperatriz conhecida pela sua beleza, mas também pela sua trágica vida - dizem que a sua presença neste palácio era uma forma de fugir ao palácio da Áustria, onde tinha de levar com a sogra (ambas viviam em eterno conflito) e com a memória da morte do seu filho, vítima de suicídio. Para além de vários espaços que nos dão a conhecer a vida e morte da imperatriz (assassinada com um punhal no coração), o tema central decorativo de todo o palácio é o grande herói Aquiles, que é como quem diz o Brad Pitt. Há Pitts por todo o lado e de todos os tamanhos, bem como várias estátuas e imagens de musas e figuras da mitologia grega.
No jardim do Palácio, virada para a cidade, encontramos uma estátua de Aquiles com 6 metros, sobre uma base de 5 metros, ou seja, 11 metros de Brad Pitt vitorioso a intimidar os populares. Consta que anteriormente a estátua aqui presente era a que representava a morte de Aquiles, mas o Kaiser preferiu remeter esta para um local mais reservado, pois ninguém consegue exercer poder com uma estátua de um Brad Pitt agarrado ao calcanhar. Tranquilos, não vou contar a história de Aquiles (vejam o filme Troia, se ainda não o fizeram, para terem uma ideia)...
Mouse Island: uma breve paragem para apreciar do topo esta ilhota, cujo nome deve-se à sua forma, que faz lembrar um rato (não consegui comprovar esta teoria). Não sendo habitada por ninguém, apenas comporta uma pequena igreja, que faz as maravilhas das fotografias.
Corfu: um passeio pela zona antiga da cidade, onde encontramos a Fortaleza Veneziana situada num promontório, com uma enorme praça à entrada, a maior da Grécia e das Balcãs, sendo uma das maiores da Europa. Isto porque os venezianos pretendiam aquele espaço desocupado de edifícios, para cercar os inimigos que eventualmente conseguissem entrar na cidade. Hoje esta praça está repleta de esplanadas, cafés e lojas, para além de um enorme jardim onde vários jovens se divertem com um desporto muito comum na região, herança da ocupação inglesa: o cricket.
E, assim, nos despedimos da Grécia e continuamos o percurso de regresso, rumo a norte.
Next stop: novamente Croácia... desta vez, Dubrovnik!
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