terça-feira, 31 de março de 2015

Bem-Vindos a Budapeste! - Parte II

Dois dias no total para visitar a cidade. Óbvio que não dá para conhecer tudo, mas o que fica:

O Danúbio:
Depois de atravessar a Kálvin Tér (longa avenida repleta de sex shops e casas de noivas... ver post anterior), chega-se à Szabadság Híd (Ponte da Liberdade, que assim ao longe até faz lembrar a nossa 25 de abril). Atravessei a ponte a pé, o que deu para descobrir os pequenos pormenores naquela construção maciça de ferro e, principalmente, contemplar o rio Danúbio. Parar a meio e observar as duas margens que agora formam um todo e, noutros tempos, pertenciam a cidades distintas: de um lado, Buda; do outro lado, Peste. O regresso fez-se pela Margit Híd (a Ponte da Margarida, em tuguês). Um percurso que vale a pena pela paisagem; um rio que não merece a poluição que tem e, mesmo assim, consegue brilhar aos olhos dos visitantes.

O Parlamento:
Que coisa mai' linda!!! Com um edifício destes aqui até apetece ir para a política! Mas assim com um vestido de noite daqueles do século XIX e cada sessão parlamentar deveria ser iniciada com uma valsa de Strauss. Pensando bem, até seria pecado os nossos estimados dirigentes sentarem o seu real rabo em tão ilustres aposentos! Enfim...
Dados: maior edifício da Hungria e segundo maior parlamento da Europa, segundo consta. O edifício é, de facto, lindíssimo e com uma grandiosidade que contrasta com os vários pormenores indescritíveis: as pequenas esculturas de figuras ilustres, os vários recantos dourados, as porcelanas, os tapetes... Remete, sem dúvida, para outros tempos.

O Mercado:

Vale a pena visitar o maior e mais antigo mercado da Hungria, o Nagycsarnok! Da fruta aos legumes, dos enchidos (bom!) às especiarias (aqui usa-se paprika como nós usamos o azeite), passando pelos biscoitos e doces típicos (em tuguês: autênticas bombas calóricas disfarçadas de "só uma ou duas não fazem mal nenhum"...tudo mentira!), encontra-se um pouco de tudo no piso inferior. Subimos as escadas e vamos almoçar numa das várias "tascas" com uma grande diversidade de petiscos e, depois, completamos o piso superior visitando a zona dos têxteis e do artesanato... ou seja, aquela parte em que queremos trazer tudo para Portugal, porque é tãoooo giro! E conseguimos andar nisto mais de uma hora, sem Zara ou Mango ou H&M ou Bershka... E parece que não vimos tudo!

Atenção: tal como noutros países, aqui as necessidades fora de casa pagam-se! Ou seja, se apetecer fazer um chichi quando estiver a ver aqueles porta-chaves tão artesanais no mercado, tem de levar uns quantos florins (agora não me recordo, mas rondam os 50 cêntimos). Penso que o valor é único, seja qual for a necessidade...




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domingo, 29 de março de 2015

Bem-Vindos a Budapeste! - Parte I

Hotel Unio, 3 estrelas, muito acolhedor, pessoal acessível e simpático (gostam muito da nossa língua: "love portuguese"... era só começarem a aprender e fugiam em três tempos).
Num estilo sempre clássico, cada quarto é uma surpresa: diminutos ou enormes, tanto podem ter uma cama de casal, como uma cama de solteiro ou mesmo duas. Mas seja qual for a cama, esta tem apenas um lençol (que parece ter encolhido na máquina, pois não dá para enfiar por baixo do colchão) e um pequeno edredão branco semelhante a um saco-cama dobrado sobre a cama. Ou seja, é um self-service de cama: "esteja à vontade para esticar o edredão e fingir que está num acampamento". No final da semana, regressámos a este hotel e fiquei no último piso, em jeito de sótão, com duas janelas no telhado. Muito giro, gostei tanto! Fosse Natal e parecia o miúdo loiro do Sozinho em Casa! Quem não achou muita piada foram os nossos amigos turcos, que acharam aquilo extraordinamente estranho e desagradável... Weird...

Caminha-se pelas avenidas e ruas de Budapeste (quase sempre a direito, porque curvas, subidas e descidas foram  praticamente banidas da geografia húngara que conheci) e fica-nos um registo imediato de três pontos fortes da cidade:
• Sex Shops
• Lojas de Noivas
• Coexistência de um luto comunista com o capitalismo da globalização

Resumindo: por todo lado, as recordações de uma segunda guerra mundial bárbara, os edifícios imperiais e os inúmeros memoriais aos mortos do regime fascista (a cidade está inundada com dedicatórias gravadas nas paredes de vários edifícios acompanhadas por coroas de flores) fazem reviver um período histórico negro, que só viu o seu fim no final da década de 80.
E assim temos um país relativamente jovem no que toca à liberdade e à democracia. Talvez seja uma possível explicação para a existência de tanta Sex Shop (isto ou ficou tudo doido com as 50 Sombras de Grey), para tantos adolescentes se juntarem ao final do dia acompanhados de bebidas alcoólicas (e não estou a falar das pequeninas...andar de garrafa 1,5l na mão parece uma moda), para tanta necessidade de transmitir emoções e sentimentos. Desde a loja de tatuagens que oferece beijos gratuitos às meninas que forem fazer uma tattoo ao grupo de homens e mulheres que, em pleno centro da cidade, oferecem abraços aos transeuntes. Só porque sim. Gostei tanto disto... Só porque sim.

Ao lado da História traduzida em edifícios e memoriais, encontramos o florescer de um capitalismo globalizante que vai roubando identidade à cidade. McDonald's, Starbucks, Burguer King, Subway, entre outros, parecem cogumelos, uns atrás dos outros, fazendo as delícias de um país que se quer "moderno".

As lojas de noivas foram o grande mistério que não consegui concluir. Sem montras, apenas cartazes com fotografias a convidar para o interior do edifício, onde supostamente estaria a dita loja de noivas. Atendendo ao número de lojas existentes, antes ou depois de uma Sex Shop, confesso que fiquei a duvidar da veracidade deste negócio. Ou querem ser uma Las Vegas e até os casam lá dentro...ou isto cheira-me a esturro! Ainda agora se livraram do regime e já andam a casar como se não houvesse amanhã?! Hum, nahhh...

(to be continued)

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Fui #2

Está na hora de seguir viagem novamente. Outra paragem bem diferente... Adivinham?!

Pista: água...

sábado, 28 de março de 2015

Bem-Vindos à Hungria!

E aqui está ela acabadinha de chegar do meiozinho da Europa... Confesso que a ideia era ir falando um pouco sobre a viagem ao longo da semana, mas tuga que é tuga não tem esta disciplina (um dia, quem sabe)!

Em primeiro lugar, uma viagem de âmbito profissional: Comenius Be Green 2013-2015. Não, não fui de férias... Comigo, um colega e uma aluna - Team Portugal! Como é óbvio, foi uma viagem que me permitiu conhecer um pouco da Hungria, de algumas das suas cidades (Budapeste, Szolnok e Törökszentmiklós) e da sua cultura. É um dos objetivos, para além do trabalho conjunto e da partilha.


E não...não fiquei no Grand Hotel Budapest...


(to be continued)





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sábado, 21 de março de 2015

Fui #1

Viajar é uma das maiores riquezas que o ser humano pode ter, já alguém dizia. Aquilo que podemos ganhar é realmente incalculável. Bem que podiam dar umas borlas nas viagens, numa perspetiva de "educação inclusiva"...

Hoje é dia de partida.
9h58: Estamos a muitos, muitos pés de altura e está um sol que até encadeia (bem que podiam ter marcado o eclipse para hoje...). Para ocupar o tempo, lê-se a revista da TAP, que nos leva para outros voos (e em seguida deprimimos, porque não podemos ir). Não há nada como encontrar um dos nossos escritores favoritos. E encontrar as palavras que procurávamos.

Até breve, noutras paragens!

(José Luís Peixoto, "Saudade". In Up)

terça-feira, 17 de março de 2015

Meu querido Borinha...

Esta história de seres um maricas piegas já está a ser um abuso! "É porque ela esteve uma semana sem andar comigo, é porque ela foi de férias, é porque ela andou com outro, é porque ela vai embora...bla bla bla". Chega! Estou a ficar cansada de ficar apeada (ultimamente, sempre em dias de chuva) e julgo que estas tuas atitudes infantilóides não estão a ser saudáveis para a nossa relação.

Além disso, vê se entendes de uma vez por todas que eu não falo "mecaniquês"! Escusas de acender luzinhas com símbolos estranhos como se fosses uma árvore de Natal que eu não te compreendo: aquilo que para ti significa resistência, para mim é apenas um caracolinho a piscar! E, quanto muito, posso escrever um poema a partir daí... And that's it!

Só por causa das coisas, hoje dormes ao relento bem longe de mim. Confesso que estou a considerar a hipótese de colocar um ponto final nesta nossa relação de há mais de 10 anos... Por isso, põe-te fino e faz-te à estrada como gente grande!



Prima Vera! Volta, estás perdoada!

Importam-se de a chamar de volta, sff?!


domingo, 15 de março de 2015

A mentira

...é o primeiro grande ensinamento da família! Passemos aos factos:
  1. O Pai Natal afinal não existe - a semelhança daquele homem de barbas brancas com o avô e o facto de existirem centenas de senhores de vermelho espalhados pelos centros comerciais afinal não era ilusão de ótica da pobre criancinha...
  2. O coelhinho da Páscoa não passa de uma figura inventada para vender ovos de chocolate e amêndoas aos molhos, aproximando-se assim a época alta dos dentistas!
  3. A fada dos dentes afinal é o pai ou a mãe - tudo depende de quem tem a moedinha para pagar aquele dente que se lembrou logo agora de cair!

E só descobrimos isto tudo depois de anos de farsa, muitas vezes por nós próprios, sem qualquer apoio psicológico. Pior! A este grupo de conspiradores a que damos o nome de família junta-se a Disney, que ainda nos dá com o Pinóquio e a sua mensagem sobre consciência e verdade... Grande moral!

Sobre a Disney há muito para descortinar, mas fiquemo-nos agora pela Cinderela. Sempre achei esta miúda estranha e já nem comento a cena de ela falar com ratos - cheguei à conclusão que muito tempo presa no sótão deu-lhe para alucinar (Freud explicaria certamente o fenómeno). E também não vou comentar o facto de ninguém a reconhecer só porque mudou de fatiota - ainda se tivesse ido fazer uma cirurgia plástica como a Renée Zellweger.
Para mim, o mais estranho sempre foi a cena do sapato. Desde pequena que nunca compreendi como é que o sapato é experimentado por todas e só ela tem a porcaria daquele número! Tudo indica que aquilo representa aí um 37...que é praticamente o número de todo o mulherio! Mesmo que fosse um ou dois números abaixo...mais ninguém calçava aquele número?!!

Esta sempre foi uma das minhas grandes dúvidas existenciais. E eis que hoje, finalmente, cheguei a uma possível explicação, graças à sabedoria do meu cunhado favorito (e escritor de renome na praça pública com talento para livros multifunções): ela cheirava mal dos pés! Ou seja...não só confirmaram o tamanho do sapatinho, como confirmaram o odor que aquilo emanava e pimba! "És tu, minha ganda maluca malcheirosa, que não te reconhecia!".

Conclusão: meninas, fait attention que o cristal pode ser muito giro e cheio de estilo, mas dá cá um smell, vai lá vai!

*Modelito: Manuel (de Instruções)

Publicidade descaradona ao meu escritor preferido da família.

sábado, 14 de março de 2015

Quando for grande, vou ser assim!

Ponham os olhos nisto, Marias*!


Deixem as poses "estilo casamento", desistam dos penteados firmes e hirtos em laca e larguem os tailleurs e os tweeds a condizer com as perolazinhas ao pescoço, que mais parecem bustos do Museu de Arqueologia ou aqueles manequins que se usavam nas montras das lojas nos anos 80.

Ponham os olhos nesta mulher! Modernizem as vossas causas! Saiam da vossa bolha de cristal!

O país precisa de mais Michelles e menos Marias.




*Para quem não sabe, desde o tempo do Spínola que a Primeira-Dama portuguesa tem o nome de Maria. Não sei se foi um critério instituído pelos capitães de abril ou mera coincidência...

Dose de Motivação #4

Manhãs de sábado em que o sol espreita pela janela muito preguiçoso e a cidade move-se ao sabor de um tempo lento. Sem stress.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Procrastinação

Um mau hábito condenado moralmente pela sociedade...ou o segredo para a longevidade?!

Hoje apetece-me ser uma tartaruga.


domingo, 8 de março de 2015

Dia Internacional da Mulher

Hoje é dia de felicitar a mulher.

É aquele dia em que as mulheres se juntam em grandes jantares de folia, recebem pequenos mimos e uma atenção especial por parte dos homens, terminando muitas vezes a noite em espetáculos de striptease masculino. E é assim o ritual de pseudo-emancipação anual, que muitas mulheres ocidentais conseguem hoje realizar.


Mais do que isso. Hoje é dia de lembrar a mulher.


"O Dia Internacional da Mulher é para as mulheres do mundo que não podem protestar em público, como nós podemos. É para aquelas que não podem deixar o marido, não podem falar com quem quiserem na rua, e não têm opção senão usar véu. O dia de hoje é para aquelas mulheres que não podem exigir justiça, que não podem planear a sua gravidez, e nem têm direito a cuidados básicos na altura do parto. É para todas as bebés que são mortas à nascença por terem nascido com o sexo errado. É para as mulheres cujos órgãos sexuais foram mutilados enquanto crianças, em operações que matam umas e deixam as outras traumatizadas física e psicologicamente para o resto das suas vidas. É para as mulheres utilizadas como troféus de guerra, para serem violadas ou escravizadas. É para as mulheres que não têm direito de voto, nem têm direito a fazer escolhas no seu dia-a-dia. O dia de hoje é para elas, aquelas mulheres cujo sofrimento e falta de liberdade derivam do simples facto de terem nascido no país errado com dois cromossomas X."

(Lucy Pepper, "O que é ser mulher", in Observador)

100% Tuga #1

Nelson Évora...

...sagrou-se campeão europeu de pista coberta no triplo salto, no Campeonato da Europa, em Praga, na República Checa.

Embrulhem! 

Parabéns ao nosso Tuga!



Publicidade descaradona ao verde, vermelho e esfera armilar.

sábado, 7 de março de 2015

quarta-feira, 4 de março de 2015

Sinais dos Deuses #2

Eu só pedi um café. Mas se os senhores simpáticos dos Vila Galé quiserem levar-me para outros voos, eu faço o jeitinho...

Já alguma vez referi que não conheço nenhum dos hotéis no Brasil?!


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segunda-feira, 2 de março de 2015

Malditos bichinhos...

...que entram no organismo, decidem fazer uma espécie de Sudoeste e desorganizam a vida a toda a gente!

Um bem-haja ao senhor doutor, que muito estudou para pôr fim a esta brincadeira.


domingo, 1 de março de 2015

Em contagem decrescente...

...para dizer adeus ao Inverno.

Segundo os Romanos, que brincaram muito aos calendários, começa hoje o primeiro mês do ano. Por isso, Março é uma espécie de Janeiro, em que estabelecemos novas metas e iniciamos novos projetos.

E é em Março que o sol começa a impor-se. Ou, pelo menos, assim se espera...


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