Em relação a esta notícia li algures um comentário em que alguém afirmava que esta medida era “desleal”, acrescentando a seguinte pérola: “se querem ir para a universidade, estudem!”. Infelizmente, ainda há pessoas que acreditam que existe educação de primeira e educação de segunda categoria no feudo onde habitam.
No entanto, tenho de concordar com a deslealdade, porque realmente o acesso às universidades deveria ser mais abrangente e avaliar as diferentes competências que um aluno (supostamente) desenvolve ao longo da sua escolaridade: espírito empreendedor, saber-fazer, resolução de problemas (daqueles que não estão no papel), proatividade, participação cívica, entre outras. Por agora, ficamo-nos pela memorização de toneladas de páginas que serão debitadas em exames. Para se esquecer tudo no minuto a seguir. Vá...50%, se for um aluno que não use auxiliares de memória.
Não existe educação de primeira e educação de segunda categoria. Existem, sim, profissionais da educação de primeira e de segunda; metodologias de primeira e de segunda; aprendizagens de primeira e de segunda; e todo um sistema pensado apenas para um percurso educativo.