Como todos os anos, este também teve os seus bons e maus momentos, não tendo sido propriamente um ano memorável. Ou melhor, será recordado como o ano da nova casa ou o ano de nascimento do Snow, mas pouco mais que isto. Houve uma espécie de "equilíbrio contraditório": em determinados aspetos sinto que foi um ano importante de construção e mudança, noutros sinto que estou exatamente onde estava, como se tivesse deixado passar mais um ano em vão.
+ Mudei de casa. Foi o grande projeto deste ano e valeu muito a pena. Das nossas mãos nasceu um espaço para todos os que cá vivem e para os que cá vêm. O nosso pequeno paraíso para a vida.
- Não viajei. Já sabia que este ia ser um ano dedicado às raízes e não aos voos, por isso não é surpresa que este ano as viagens tenham ficado em standby. Embora tenha sido uma escolha consciente, fez (muita) falta.
- Cozinhei mais (e melhor). E descobri na cozinha um espaço terapêutico. Novos alimentos, novas experiências e muitos sabores. Desde que não seja uma obrigação e à pressa, a magia realmente acontece.
- Ouvi pouca música. Na verdade, na última metade do ano, a minha playlist ficou a ganhar bolor sem atualizações e as (boas) novidades musicais passaram-me um bocado ao lado. Mas se o panorama musical ficou circunscrito aos "esfrega, esfrega" e Mc's da moda, então foi melhor assim.
+ Voltei a ouvir rádio. O trânsito, que é algo que abomino e com o qual tive de voltar a viver desde final de outubro, teve este (único) aspeto positivo: fartinha de uma playlist desatualizada, voltei a ter por companhia as manhãs da M80, com a Vanda Miranda.
- Falhei o Reading Challenge 2017 da Goodreads. Propus-me à humilde meta de 12 livros, mas apenas completei 8 deles (e alguns duvidosos). Uma vergonha a não repetir.
+ Comecei e acabei duas grandes séries. Uma já antiga, How I met your mother, que me levou até aos tempos de Friends e me fez panicar naquele último episódio (ainda em superação); outra mais recente, felizmente com muito ainda para ver, e que foge um bocadinho às minhas preferências: Stranger Things.
- Raramente fui ao cinema ou ao teatro. E das poucas vezes que fui [confesso de olhos postos no chão], adormeci algumas vezes. Cansada e a emburrecer!
+ Tornei-me mais saudável e fiz exercício. Li e aprendi muito sobre nutrição. Adotei alguns hábitos paleo e disciplinei-me, de forma a que o exercício começasse a fazer parte da minha rotina. E consegui. Resultado: senti-me melhor e emagreci.
- Tornei-me menos saudável e mais sedentária. Especialmente nos últimos meses do ano, deixei o stress e as novas rotinas apoderarem-se do meu tempo. Voltei a ter uma alimentação péssima e sem horários. Voltei a passar horas sentada a trabalhar ou no carro. Resultado: sinto-me uma lástima e engordei.
+ Voltei à escola pública. O espaço para criar e fazer diferente é enorme. O público alvo é diversificado e tem sede de dinamismo. Gosto de desafios e é bom estar de volta.
- Voltei à escola pública. E descobri que não está tão mal como a deixei há cinco anos: está bem pior! A classe docente continua instável, a burocracia cresce pelas paredes, as aulas não são apelativas e os alunos andam à deriva sem saber muito bem o que andam ali a fazer.
+ Trabalhei com os melhores. Dos colegas aos formandos, é de louvar o ambiente de boa disposição e o espírito de equipa. Só assim foi possível ultrapassar os obstáculos que foram surgindo. E só por isto não me lembro agora de nenhum.
- Não dei ao blog a atenção merecida. Ainda assim, foi um ano com alguns convites e ofertas, que me deixaram muito grata. Merecia um pouco mais. E eu também.
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