Confesso que, apesar de já ter lido o livro (ou justamente por ter lido o livro), queria muito ver o filme. Toda a história desenrola-se através do olhar de três mulheres em diferentes momentos - cabe-nos a nós, leitores, ir formando o puzzle. Este trabalho árduo, repleto de analepses, só poderia ser uma dor de cabeça para o realizador do filme, que jogou pelo seguro e colou-se ao livro. Por um lado, foi bastante positivo, pois não perdeu a essência do livro, muito pelo contrário: a imagem visual intensificou o dramatismo das cenas. Por outro lado, para quem não leu o livro e tendo em conta que há sempre muitos outros pormenores que não cabem no filme, os avanços e recuos na ação, com alteração da perspetiva da personagem, fazem com que o espectador ande, por vezes, um pouco perdido.
Não superou as minhas expetativas, mas satisfez a curiosidade e fez jus ao sucesso do livro. Recomendo vivamente a quem gosta de thrillers e de ficar agarrado até ao fim, a magicar mil e uma hipóteses, acabando por ser supreendido. Neste aspeto, houve também um cuidado minucioso para não defraudar o "mistério até ao último minuto" que existe no livro.
Nota (muito) positiva: Emily Blunt com uma prestação única e fenomenal, digna de um Óscar, no mínimo!
Nota negativa: transferirem a ação para Nova Iorque, deixando a minha querida Londres, palco da história da rapariga do comboio, esquecida no sotaque da protagonista.
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