Foram 11 anos de pura tranquilidade, enquanto filha única. Até chegar este dia.
A partir daqui nunca mais tive sossego: tinha de levar com gritos e birras a toda a hora; dizia-lhe que ela tinha sido encontrada no lixo e ela acreditava; dizia-lhe que um dia ela iria ficar com o cabelo loiro e ela acreditava (concretizou-se, mais tarde, quando descobriu o cabeleireiro); acordava a meio da noite por causa dos seus medos dos monstros do escuro e, por isso, nunca mais dormi sozinha (só troquei de companhia, mais tarde); tinha de dar opinião sobre a melhor escolha, porque era a mais velha, para depois ela escolher ao lado; tinha de me assumir culpada por pintar com batom o corredor e com canetas de feltro as paredes da sala; tive de passar a pensar e a agir pelas duas.
Já lá vão 25 anos.
Parabéns à minha Little B*!
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