Há que resistir e persistir, por isso aqui vai uma analepse!
Buçaco ou Bussaco...eis a questão!
De facto, quando começamos a ver em todo o lado duas grafias para o mesmo nome do local, pensamos que alguém andou a beber uns copos e, a dada altura, já ninguém se entendeu com o nome daquilo. Porém, existe uma explicação: somos muito fortes ao nível do turismo! Pois é...temos bons hotéis, bons locais para visitar, gastronomia diversificada, profissionais de excelência...e mudamos o nome do nosso património em prol do turismo! Ou seja, segundo consta, a grafia correta é Buçaco. No entanto, como grande parte dos turistas que visitam aquele destino não têm na sua língua o "ç", alguns iluminados portugueses acharam por bem adotar a grafia "Bussaco"...para facilitar a dicção e evitar que pronunciem "Bucaco"! Até porque os russos e os gregos deixaram de escrever com aqueles caracteres que ninguém entende e os alemães andam a eliminar consoantes (mais de três seguidas já é muita fruta...), porque não querem que os tugas tenham dificuldades de dicção... Dicção!!! Há coisas que me abanam os chakras de tal maneira que só me apetece sair da tamanca e esbardajar algumas pessoas...
Mata do Buçaco, o nosso País das Maravilhas
Quando aqui chegamos, temos aquela sensação de que respiramos a natureza e de que o tempo parou para descansar. No centro, imponente e romântico, o Palace do Bussaco (claro, em inglês e com os dois "esses"...tudo pelo bem da dicção e do turismo...), que parece saído de um filme da Disney.
Vários caminhos são oferecidos para percorrer a Mata. Quem quiser, pode pagar visitas guiadas - não querendo estragar o negócio dos senhores, penso que seja muito menos interessante, pois perde-se o fator "descoberta". É só seguir os caminhos, sem perigo. Contudo, apesar dos avisos escritos, acaba por ser bastante tentador ir mais além...
O Buçaco é o verdadeiro País das Maravilhas. Confesso que já tive oportunidade de conhecer vários espaços naturais e este foi o único que me levou para o reino de sua majestade, a Rainha de Copas. As cores, os sons, os recantos, os pormenores...tudo fazia crer que a qualquer momento um coelho branco perdido nas horas iria cruzar o nosso caminho... ou uma lagarta azul surgiria por cima de uma das rochas a fumar um enorme cachimbo... De facto, a minha "Alice" andou por lá a maravilhar-se com as maravilhas do Buçaco e até conseguiu treinar os seus dotes de encantadora de cisnes.
Infelizmente, não encontrámos cogumelos... E tenho a certeza que o Chapeleiro Louco por ali andava, punido pelo Tempo, a beber chá com a mãe natureza...
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